Condenados por extorquir fazendeiro em R$ 3 mil para não aplicar multa, os policiais foram excluídos do quadro da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). A exclusão dos acusados foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) nesta quarta-feira (12).

A exclusão, por decisão judicial dos policiais Luiz Carlos de Oliveira, Sidnei Alves de Oliveira e Roney dos Santos Oliveira é assinada pela subcomandante-geral da PM, coronel Neidy Centurião.

Em 2020, os policiais foram denunciados por cobrar propina de um fazendeiro em Ribas do Rio Pardo, cidade a 97 km de Campo Grande. Eles foram condenados a 9 anos de prisão.

Denúncia

Segundo a denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no dia 26 de maio de 2020, por volta das 13 horas, os policiais foram até a fazenda em uma viatura caracterizada, para fiscalização de rotina. O fazendeiro fazia queima controlada de catação de tocos e raízes na propriedade.

Abordado, ele entregou a autorização para aproveitamento de material lenhoso e a declaração ambiental, demonstrando que a atividade era regular. Mesmo assim, os policiais alegaram que os documentos estavam irregulares e exigiram um ‘acordo’ para não multarem a vítima. Eles cobraram R$ 3 mil, valor que foi pago em cheque.

No dia 28 de maio, o cheque foi depositado. A vítima contou os fatos para a esposa, que denunciou o crime à Corregedoria da Polícia Militar. A partir da investigação, o trio foi denunciado e agora condenado pelo crime de extorsão simples.

Conforme sentença assinada pelo juiz Alexandre Antunes da Silva, a decisão dos oficiais do Conselho Permanente de Justiça, da Auditoria Militar, julgou procedente a denúncia, por maioria, para condenar os réus. Após análise, foi definida pena de 9 anos e 4 meses de reclusão, a ser cumprida em regime fechado.

Além disso, o Conselho ainda votou por unanimidade pela aplicação da pena acessória de exclusão dos quadros da PMMS.