Ortopedista de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, foi condenado a cumprir 7 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado, após a morte de um paciente. Ele teria cobrado valor exorbitante para a cirurgia, mas sequer fez o acompanhamento no pós-operatório.

Conforme divulgado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o médico era funcionário público. Assim, o paciente venceu judicialmente ação para realizar um procedimento cirúrgico ortopédico.

Então, o médico emitiu um laudo, afirmando que o valor do serviço e insumos ficaria em R$ 155 mil. Este valor foi bloqueado dos cofres públicos e transferido para o médico.

Porém, o ortopedista não cumpriu a obrigação de prestar os serviços. Isso, porque abandonou o tratamento do paciente, bem como o acompanhamento pós-operatório.

A vítima acabou sendo socorrida por médicos do SUS (Sistema Único de Saúde), e faleceu por conta de lesões. O ortopedista ainda deixou de arcar com as despesas hospitalares e médicas na Santa Casa de Corumbá.

O valor de internação e de materiais cirúrgicos foi de R$ 51.476,40, dinheiro recebido dos cofres públicos por ele e não repassado. Assim, o juiz Idail de Toni Filho decidiu por condenar o réu pelo crime de peculato, e improcedente o pedido indenizatório ao dano coletivo.

Com isso, foi bloqueado o valor de R$ 155 mil das contas do réu. O médico pode recorrer ainda em liberdade, mas cumprirá a pena em regime fechado.