Nesta segunda-feira (27), foi publicada no Diário Oficial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) a instauração de inquérito para apurar irregularidades no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Infantojuvenil III, em Campo Grande.

Inicialmente foi divulgada notícia de fato, apontando irregularidades no Caps. Equipe do CRM (Conselho Regional de Medicina) de Mato Grosso do Sul fez fiscalização e emitiu um relatório com esses problemas encontrados.

Assim, foram identificados a falta de medicamentos, infraestrutura precária, ausência de desfibrilador externo automático, falta de terapeuta ocupacional e fisioterapeuta, ausência de serviço próprio de depósito de material de limpeza e irregularidades nos prontuários dos pacientes atendidos.

Com isso, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) foi acionada e apontou as justificativas para tais irregularidades. Ainda mais, sobre o desfibrilador, alegou que está em processo de compra.

Também a respeito da estrutura precária, a secretaria indicou que o imóvel é alugado, mas que as adequações estruturais necessárias são feitas.

Foi emitida ordem de serviço para constatar a regularidade no atendimento à população e principalmente se persistem os problemas como falta de medicamentos e equipamentos essenciais.

Por isso, foi instaurado o inquérito, para acompanhar o saneamento das irregularidades. A peça é assinada pela promotora Daniela Cristina Guiotti.

Acionada, a Sesau esclareceu que “Todas as adequações estão sendo feitas em todas as unidades da Rede Municipal de Saúde. Somente neste ano, mais de 20 unidades foram reformadas e ou revitalizadas e até 2024 outras dez devem receber melhorias”.

É importante ressaltar que o CAPS I.J está integrado ao Complexo de Saúde Mental, que entrou em funcionamento em 2021, tendo toda a sua estrutura adequada para receber a unidade. Em relação aos medicamentos, atualmente o estoque está 90% abastecido, havendo algumas faltas pontuais em razão de entraves nos processos burocráticos, atraso na entrega por parte dos fornecedores ou indisponibilidade de matéria prima no mercado. O município tem buscado alternativas, como adesão a consórcios e também realizado processos emergenciais, para assegurar que não haja prejuízos em relação ao fornecimento principalmente dos chamados psicotrópicos”, diz ainda a nota.

*Matéria editada às 9h para acréscimo de posicionamento