Ao menos três advogados chegaram na manhã desta quinta-feira (30) à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em Campo Grande para oitivas dos investigados na Operação Turn Off, deflagrada na quarta-feira (29) pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção).

Élcio Paes, defesa de uma das empresas investigadas, disse que foi em busca de acesso aos autos. “Precisamos primeiro saber o que está acontecendo”.

O advogado Marcos acompanhado do cliente, que prestará depoimento ao Gecoc nesta quinta (Mariane Chianezi, Midiamax)

O advogado Gilson Freire também defende um dos apontados na investigação e disse ter ido ao local para tentar acesso aos autos. Já Marcos estava acompanhado de um dos inquiridos a prestar depoimento.

Sem se identificar, o rapaz chegou chorando à sede do Gaeco.

Fraudes ultrapassam R$ 68 milhões em contratos públicos

dólares operação
Dinheiro foi apreendido na manhã desta quarta-feira (29). (Reprodução/ Gaeco)

Ao todo, foram 8 mandados de prisão preventiva cumpridos, sendo 7 no período da manhã e o último, de Lucas Coutinho, já no período da tarde. Além dos irmãos, o primo Victor Leite de Andrade, o servidor público Thiago Haruo Mishima e Paulo Henrique Muleta Andrade (da Apae), também foram presos.

O adjunto da Casa Civil, Flávio da Costa Britto Neto, foi alvo de busca e apreensão.

O advogado de Sérgio Coutinho, Marcos Barbosa, disse ao Midiamax que ainda não teve acesso ao teor das investigações e que, no momento, não vai se manifestar.

Ainda na quarta-feira, o Midiamax conversou com o advogado de Simone, Alexandre Franzoloso. Ele também não tinha informação sobre o motivo da prisão.

A reportagem tenta contato com a defesa dos outros acusados e o espaço segue aberto para manifestação.

Conforme divulgado em nota, a operação realizada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em apoio às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, cumpriu 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão.

As cidades onde foram cumpridos os mandados foram Campo Grande, MaracajuItaporã, Rochedo e Corguinho. Foi identificada pela investigação a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos e lavagem de dinheiro.

Ainda segundo a investigação, o grupo criminoso fraudava licitações públicas para compra de aparelhos de ar-condicionado para a SED, também a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela SES.

Também foi fraudada licitação para aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Apae de Campo Grande, além de outros. Os crimes foram cometidos com pagamento de propina a vários agentes públicos. Os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam R$ 68 milhões.