TJMS afirma que projeto que prevê reajuste de tarifas não atingirá hipossuficientes
Tribunal de Justiça de MS esclareceu que pessoas sem condições de pagar os processos não serão afetadas
Dândara Genelhú –
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Sobre o projeto que prevê reajuste de até 100% nas tarifas de processos judiciais, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) afirmou que não irá impactar hipossuficientes. Ou seja, o Tribunal garantiu que pessoas sem condições de pagar os processos com alterações de tarifas continuarão sendo atendidas.
Os aumentos são previstos em processos de busca e apreensão em alienação fiduciária, contratos bancários e seguro. “Aqueles que não têm condições de pagar custas é só comprovar a hipossuficiência”, informa a nota.
Assim, o TJMS destacou que o “judiciário atende – e muito bem – àqueles que não têm condições de pagar custas. O hipossuficiente jamais será alcançado por esse projeto”.
Na nota, o Tribunal afirma que “todos sabem o volume de demandas que tramitam sob o pálio da gratuidade”. Então, afirmam que foram mais de 137 mil ações deste tipo realizadas de forma gratuita em três anos.
“É a sociedade que paga a conta. Logo, precisa o judiciário de receitas, para os serviços que virão, sob pena de diminuir a máquina estatal”, diz anota. Após o projeto ter sido chamado de ‘tarifaço’, o TJMS explica que a matéria “atinge frontalmente as instituições financeiras, notadamente os bancos”.
Custos e quadros
Além disso, afirma que “há muitos anos recebem um serviço do judiciário praticamente a custo zero, onerando sobremaneira o erário”. O TJMS ainda aponta que, com exceção do Pix, praticamente todo o serviço prestado pelo banco é remunerado pelo cliente. “É o que pretende o Poder Judiciário do Estado em relação às instituições financeiras”, pontuou em nota.
Por isso, exemplificou que os bancos “ficam requerendo, ao longo do ano, repetidas vezes, que o juiz faça pesquisa para busca de bens no sistema”. Assim, justificou que os juízes param as atividades para atender as solicitações. “Isso é a custo zero porque o banco, que pagou as custas iniciais há 10 ou 15 anos, já não paga absolutamente mais nada para essa pesquisa”.
Então questiona: “Não seria mais justo que o banco pagasse, a cada solicitação de busca de ativos financeiros, um determinado valor, à exemplo do que ocorre com seus clientes?”.
O Tribunal reforça que o modelo de cobrança é utilizado no Rio de Janeiro. Por fim, destaca que 27 novos juízes foram nomeados; nomeou quase 300 novos analistas judiciários. “Há necessidade de instalar novas unidades jurisdicionais, inclusive a Justiça 4.0 por indicação do CNJ”, apontou.
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