Prefeitura reajusta contratos com Consórcio Guaicurus e repasse aumenta para R$ 4,3 milhões

A Prefeitura de Campo Grande publicou reajustes de mais de R$ 1,3 milhão em dois contratos com o Consórcio Guaicurus. Conforme publicado no Diogrande desta sexta-feira (21), o gasto passou de pouco mais de R$ 3 milhões para R$ 4,3 milhões.

O aumento da despesa seria para atender à demanda de vales-transportes dos servidores dos órgãos municipais e do reajuste do valor tarifário para R$ 5,15, valor aplicado apenas para a aquisição de passes do poder público.

O ano de 2022 foi marcado por várias reuniões envolvendo a Prefeitura de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus. Querendo aumento nos repasses, a empresa chegou a dizer que o transporte coletivo entraria em colapso.

Repasses milionários

Após negociações, em junho deste ano, o Governo de MS afirmou que irá arcar com os custos do passe dos estudantes da Rede Estadual de Ensino. Por meio de convênio com a prefeitura, o Estado repassaria R$ 1,2 milhão mensalmente ao Consórcio. À reportagem, a assessoria de comunicação do Governo confirmou que o “valor deve ficar neste teto, isso mensalmente, até dezembro”.

Consórcio Guaicurus pediu aumento de R$ 3 milhões

O Consórcio Guaicurus pediu repasse mensal de R$ 5 milhões da Prefeitura de Campo Grande para descartar o aumento do passe de ônibus. Porém, após firmar o pré-acordo com R$ 2,2 milhões de repasses da Prefeitura e do Governo do Estado, o grupo de empresas que explora o transporte, afirmou que o valor é suficiente para custear as despesas.

A nova informação revela que os R$ 5 milhões de déficit mensal alegado pelo Consórcio desde o início da crise do transporte na Capital representa R$ 3 milhões a mais do que os reais custos da empresa. Vale ressaltar que o Consórcio Guaicurus foi beneficiado no início do ano com o ‘perdão’ de R$ 2,7 milhões referente ao ISS (Imposto Sobre Serviços) referente a todo o ano de 2021.

Além disso, conseguiu a aprovação de aporte de R$ 12 milhões do município — referentes ao repasse mensal de R$ 1 milhão —, totalizando R$ 14,7 milhões para os cofres da empresa.

Vale lembrar que o contrato de concessão do transporte da Capital, firmado em 2012, estabeleceu a estimativa de R$ 3,4 bilhões de faturamento para as empresas que compõem o grupo durante os 20 anos de vigência do contrato.