O prazo para desativação do aterro sanitário de Campo Grande termina em 2023 e a Câmara Municipal da Capital diz que vai ficar de olho no período de tempo limite de “vida útil” fixado para o ano que vem.

O Presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, diz que a Casa de Leis vai fiscalizar os prazos, ressaltando que é preciso seriedade e rapidez. Ele também adianta que é preciso realizar audiências públicas para debater o assunto.

“Temos duas pautas importantes, uma delas é referente aos cemitérios. Hoje em dia não temos lugar para enterrar ninguém, nem cachorro. Precisamos discutir sobre os cemitérios e o lixão. Tem a questão ambiental que também precisa ser analisada. É preciso seriedade e rapidez, mas temos alguns impedimentos que é a ambiental. A Câmara vai fiscalizar, vai realizar audiências públicas”, disse Carlão.

Em julho deste ano, durante uma agenda pública, a Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), disse que vai manter o prazo, mas no mesmo mês o gerente da Solurb, empresa que faz a coleta de lixo da Capital, afirmou ser “muito difícil” todo o trâmite ser concluído no prazo.

“Temos uma comissão da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) juntamente com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), que estão estudando novas possibilidades. Tudo está sendo realizado com esse prazo de 2023”, disse Adriane Lopes.

Apesar de afirmar que tudo será cumprido dentro do prazo, a prefeita não deu mais detalhes sobre o andamento dos estudos ambientais para a liberação da nova área.

A equipe de reportagem do Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande nesta quarta-feira (26) para saber sobre os andamentos dos estudos e se existe previsão de quando eles serão concluídos. A Semadur informou que foram apresentados ao órgão ambiental municipal os projetos e estudos referentes ao Aterro Sanitário Ereguaçu, que substituirá o Aterro Sanitário Dom Antônio Barbosa II. Esses estudos já foram aprovados pela Comissão de Controle Ambiental e aguarda a aprovação do Conselho Municipal de Meio Ambiente para a aprovação final e emissão da Licença Ambiental Prévia.

Aterro Sanitário

Hoje, é de 45 hectares a área do aterro sanitário da Capital, às margens da BR-262, no Bairro Dom Antônio. Na Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) tramita projeto de licenciamento de espaço duas vezes maior, com aproximadamente 90 hectares.

Ao contrário do Município, na avaliação de Bruno Veloso Vilela, gerente operacional da Solurb, o processo fica para 2024. “Acredito que para o ano que vem ainda não será possível, pelo menos não no início do ano. É um empreendimento muito grande que depende de diversos estudos que ainda estão sendo analisados. Para 2023 acho muito difícil”, afirmou.

Com previsão inicial de receber resíduos somente até 2023, o aterro sanitário de Campo Grande terá de “aguentar” os descartes por pelo menos mais um ano, até que a Prefeitura destrave licenças ambientais e alvarás exigidos para ativação de uma nova área. Em 2021, estudo apontou que o limite de “vida útil” do ponto seria até o ano que vem.

*Matéria editada às 12h17 para acréscimo de informações