Por R$ 936 mil, reforma do Teatro do Paço vai durar sete meses

Espaço foi inaugurado em 1979 e atualmente é usado apenas como auditório

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Teatro do Paço
Foto: Marcos Erminio, Arquivo, Jornal Midiamax

A prefeitura da Capital assinou contrato de R$ 936 mil para a reforma do Teatro Octávio Guizzo, mais conhecido como Teatro do Paço. O extrato foi publicado na edição desta sexta-feira (14) do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

A empresa Tascon Engenharia, que tem sede na Capital, terá 210 dias (cerca de sete meses) para concluir os trabalhos, contados a partir da emissão da ordem de serviço pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos).

As obras serão custeadas com recursos federais repassados à Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo). Assinam o contrato os titulares da Sisep, Rudi Fiorese; da Sectur, Max Freitas; e o representante da Tascon, Luan Augusto de Freitas.

Projeto de reforma do Teatro do Paço

Segundo a Sisep, a reforma vai contemplar revisão e substituição de instalações elétricas, hidráulicas, adequação das escadas e rampas para garantir acessibilidade, assim como novo sistema de refrigeração e instalação de forro.

O auditório, com capacidade para 190 lugares, receberá novas poltronas e haverá substituição do carpete. O prédio será reformado e adequado para se tornar um espaço de múltiplo uso, podendo receber eventos como exposições de fotografia e lançamentos literários.

Em 2018, o então deputado federal Luiz Henrique Mandetta assinou emenda para a reforma do teatro e a prefeitura preparou-se para a reforma. O município chegou a contratar a MDP Construção Civil para iniciar as obras, mas a empreiteira pediu a rescisão do contrato em maio de 2021 alegando não suportar o custo crescente dos materiais.

Teatro foi aberto em 1979

Localizado no complexo do Paço Municipal, que inclui a sede da prefeitura, a atual central do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), o teatro foi projetado pelo arquiteto Ciríaco Maymone.

As obras foram iniciadas em 1979, na gestão do então prefeito Antônio Mendes Canale. Além da nova sede da prefeitura, o objetivo era transferir a Câmara Municipal para o complexo, além de contemplar um anfiteatro para eventos.

Até então, a prefeitura estava no prédio na esquina das avenidas Afonso Pena e Calógeras, que hoje abriga uma agência bancária. As obras se arrastaram por oito anos.

Sucessor de Canale, o então prefeito Levy Dias chegou a transferir a prefeitura para o piso superior do Terminal Rodoviário Heitor Laburu, que acabou desativado em 2009. Apenas em 1978 é que as obras foram concluídas.

No ano seguinte, o então chefe do Executivo municipal, Marcelo Miranda Soares, efetuou a mudança da prefeitura para o atual local, na Avenida Afonso Pena.

Por sua vez, o ainda anfiteatro passou pela primeira reforma em 1989, quando ganhou a nomenclatura de Teatro José Octávio Guizzo. Com a abertura de novos espaços, o Teatro do Paço começou a perder espaço.

A central do IPTU chegou a funcionar no local até 1999, quando a Câmara deixou o prédio do complexo para se fixar nas atuais instalações, na Avenida Ricardo Brandão. Com a mudança da central para a Rua Arthur Jorge, o teatro virou depósito até fechar de vez em 2010.

Reformas pontuais foram feitas e a prefeitura voltou a utilizar o espaço para eventos públicos em 2021.

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