Mato Grosso do Sul recebeu em 2021 o pagamento de R$ 279.769.880,00 em emendas parlamentares de deputados federais e senadores. No auge da pandemia do coronavírus (Covid-19), o setor da Saúde foi o que mais recebeu investimentos. Ao todo, foram R$ 100,7 milhões encaminhados ao Estado pelo Ministério da Saúde, o que representa 36% do total executado.

Neste sentido, foram destinados, por exemplo, R$ 40,6 milhões para serviços de atenção primária à saúde, R$ 30 milhões para custeio dos serviços de assistência hospitalar e ambulatorial, R$ 17,3 milhões para estruturação de unidades de atenção especializada, R$ 6,2 milhões para estruturação da rede de serviços de atenção básica, R$ 5,8 milhões para melhorias dos hospitais universitários e R$ 1,1 milhão para a saúde indígena.

Os dados constam no portal Siga Brasil, sistema de informações sobre o orçamento público federal que permite acesso ao Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) e a outras informações relativas às contas públicas. Detalhes sobre as emendas pagas a Mato Grosso do Sul em 2021 podem ser consultados neste link.

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Mais emendas

Depois da Saúde, o ministério que mais pagou emendas ao Estado foi o do Desenvolvimento Regional, com R$ 42 milhões. Em seguida, vêm Educação, com R$ 33 milhões, Transferências a Estados, com R$ 27,6 milhões, Justiça e Segurança Pública, com R$ 26,5 milhões e o Ministério da Agricultura, com R$ 22,1 milhões pagos. Os valores são referentes a emendas apresentadas em anos anteriores, bem como há emendas apresentadas em 2021 que devem ser executadas a partir de 2022.

No âmbito do desenvolvimento e infraestrutura, a implantação do projeto Sul-Fronteira recebeu R$ 22,7 milhões para obras da Rodovia MS-156, entre Paranhos e Coronel Sapucaia. O objetivo da proposta é melhorar o escoamento da produção e encurtar caminhos, na fronteira com o Paraguai, promovendo a integração regional e melhorando os acessos. As obras beneficiam também Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Mundo Novo e Sete Quedas.

Bancadas e Parlamentares

Dos R$ 279.769.880,00 em emendas a MS, R$ 116,8 milhões são da bancada estadual, que engloba tanto senadores quanto deputados federais. Outros R$ 13,3 milhões foram empenhados pela Comissão do Senado Federal, R$ 39 milhões são provenientes de articulações somente dos senadores e R$ 110,8 milhões de emendas apenas dos deputados federais.

Dentre os parlamentares que mais tiveram emendas pagas em 2021, estão listados por ordem de valor: deputado federal (PDT), com R$ 19,6 milhões; deputado federal Loester Trutis (PSL), com R$ 18,9 milhões; deputado federal Vander Loubet (PT), com 16,7 milhões; senador (PSD), com R$ 16 milhões; deputado federal Luiz Ovando (PSL), com R$ 10,8 milhões; deputado federal Beto Pereira (PSDB), com R$ 10,6 milhões; senadora Soraya Thronicke (PSL), com R$ 9,8 milhões; senadora (MDB), com R$ 9,2 milhões; deputado federal Fábio Trad (PSD), com R$ 8,6 milhões; deputada federal Rose Modesto (PSDB), com R$ 6 milhões; deputada federal Bia Cavassa (PSDB), com R$ 4,3 milhões.

Há ainda outras emendas pagas por parlamentares que exercem  outros cargos, a exemplo da ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, que destinou R$ 4 milhões a MS, e Geraldo Resende, secretário estadual de Saúde, que destinou R$ 3,5 milhões. No geral, o pagamento de emendas caiu 5%, uma vez que foram pagos R$ 294.891.556,00 em 2020 e R$ 279.769.880,00 em 2021.