Os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã foram entregues à iniciativa privada por meio de leilão realizado no dia 18 de agosto. Assim que o contrato for assinado, a empresa espanhola Aena vai administrar as unidades pelos próximos 30 anos e a expectativa é que Mato Grosso do Sul receba R$ 804 milhões em investimentos.

Em Campo Grande estão previstos aportes de R$ 377,6 milhões no aeroporto, que de acordo com o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, deve chegar a 3,2 milhões de passageiros em 2052. O fluxo de pessoas deve ter crescimento anual de 2,9%.

De acordo com o edital, a empresa vencedora deve construir pista de táxi de saída rápida conectando a área de pouso e decolagem ao pátio da Força Aérea Brasileira, adequada aos requisitos regulamentares de projeto para código de referência de aeronave e operação diurna/noturna, a 1.700 metros da cabeceira 06, compatível com as operações militares.

O aeroporto de Corumbá deve receber R$ 192,6 milhões em investimentos. O EVTEA prevê que o fluxo de passageiros cresça 3,5% ao ano, saindo de 53,2 mil em 2023 para 145,5 mil de pessoas em 2052.
Já em Ponta Porã previsão é de chegar a 136,3 mil passageiros em 2052, considerando crescimento anual de 2,9% e a previsão de 59,4 mil pessoas passando pelo local em 2023. O investimento deve ser de R$ 234,2 milhões em 30 anos de concessão.

Concessão vai até 2050

A Aena arrematou o bloco SP-MS-PA-MG com oferta de R$ 2,450 bilhões por 11 aeroportos. A empresa se diz líder mundial em gestão aeroportuária e atualmente administra seis aeroportos brasileiros, todos na região Nordeste do país.

A oferta inicial era de R$ 740,132 milhões, como contribuição mínima pelo bloco de aeroportos. O ágio com a proposta da empresa foi de 231,02%. O edital da Anac estabelece uma série de melhorias que a empresa vencedora do certame se comprometerá a realizar no prazo de 60 meses, contando a partir da assinatura do contrato.