A 1ª Câmara Cível do (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou, em acórdão da última sexta-feira (12), provimento a recurso que contestou a expulsão do ex-investigador de Polícia Civil Henrique Vagas. Com isso, Tiago – que foi o eleito vereador mais votado em Campo Campo Grande nas últimas eleições, pelo PSD – permanece fora do quadro da Polícia Civil.

Eleito em seu primeiro mandado, Vargas foi demitido do cargo de investigador de Polícia Judiciária em julho do ano passado, após processo administrativo aberto contra o ex-servidor estadual. Polêmico nas redes, Vargas sustenta que sua demissão ocorreu como retaliação por posicionamentos públicos.

O acórdão do TJMS é referente ao último recurso apresentado pela defesa do vereador, no caso, um agravo interno cível contra a decisão proferida em agravo de instrumento. Este agravo, por sua vez, foi movido contra decisão que manteve a demissão do ex-investigador.

A decisão mais recente contesta que novas informações anexadas em recurso tenham caracterizado na sentença.

“Em sede de agravo interno o agravante não trouxe nenhum elementoque aponte erro ou equívoco no decisum proferido, tendo se limitado a reiterar os pedidos do agravo de instrumento. Em sede de agravo interno o agravante não trouxe nenhum elementoque aponte erro ou equívoco no decisum proferido, tendo se limitado a reiterar os pedidos do agravo de instrumento”, traz o voto do relator, desembargador Marcelo Câmara Rasslan.

A decisão foi unânime e acompanhada pelos desembargadores Geraldo de Almeida Santiado e João Maria Lós, da 1ª Câmara Cível do TJMS.

“Não foi por desviar R$ 65 milhões”

O ex-investigador Tiago Vargas, atual vereador de Campo Grande, em vídeo nas redes sociais | Foto: Reprodução
O ex-investigador Tiago Vargas, atual vereador de Campo Grande, em vídeo nas | Foto: Reprodução

Após ter a demissão publicada no Diário Oficial do Estado no ano passado, Tiago Henrique Vargas postou mensagem nas redes sociais em vídeo na qual afirmou que sua demissão ocorreu como retaliação. Vargas também alfinetou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmando que não foi demitido “por desviar R$ 65 milhões”, referindo-se à denúncia contra Reinaldo que corre no STJ.

O então investigador apontou que as retaliações ocorriam há muito tempo – inclusive, com transferência de Campo Grande para Pedro Gomes, já como uma forma de punição. No vídeo, ele afirma que não está sendo demitido por ser corrupto, ou por crimes de extorsão e descaminho, além de nunca ter tido desvio de conduta.

Também na gravação, o investigador lembra que era um sonho de infância ser policial civil e que passou dois anos estudando até conseguir ingressar na instituição. “Ia fazer 6 anos que estava na Polícia Civil e por minhas opiniões puramente políticas, minhas críticas voltadas a políticos e, especificamente ao governador Reinaldo Azambuja, hoje saiu a minha demissão”, lamentou.