A rescisão foi feita no dia 8 de julho, aproximadamente um mês depois da assinatura do contrato. O termo foi publicado em Diário Oficial. O rompimento, porém, não consta no Portal da Transparência da .

O endereço foi consultado pela reportagem antes da publicação da matéria veiculada ontem (26), na qual o Midiamax mostrou que os valores envolvidos despertaram a suspeita de moradores do município. Se investidos na compra de nebulizadores para a Secretaria de Saúde, os R$ 35,8 mil pagariam pelo menos 20 aparelhos idênticos aos usados pela empresa terceirizada.

Página do contrato no Portal da Transparência de Juti não aponta a rescisão do contrato para aluguel de nebulizadores – Reprodução

 

Em nota, a prefeitura de Juti admitiu que rescindiu o contrato “justamente pelos elevados valores das propostas apresentadas na fase de quotações [sic]”.

Uma denúncia encaminhada ao Midiamax compilou ofertas em sites especializados, onde é possível encontrar nebulizadores a preços mais baixos do que aqueles envolvidos na contratação feita pela prefeitura. Um deles anuncia um nebulizador e mais cinco litros de sanitizante a R$ 1,7 mil. Em outro, somente o aparelho é vendido a R$ 1,2 mil.

Já o contrato da prefeitura de Juti com a Angico previa o pagamento de R$ 5,9 mil por mês pelo aluguel de apenas dois equipamentos.

O município reconheceu que o acerto “poderia ferir o princípio da economicidade e moralidade administrativa, e para se evitar prejuízo ao erário, o contrato foi rescindido em tempo hábil”, completou. Apesar disso, a empresa recebeu R$ 4,9 mil pelo período em que prestou o serviço.

A resposta da prefeitura foi encaminhada na tarde de hoje (27). A reportagem havia procurado o prefeito Gilson da Cruz (PSD) ontem, por telefone. O contato feito está devidamente documentado.