Uma das empresas alvos de mandados de busca e apreensão no bojo da Operação Clean, deflagrada hoje (19) em Campo Grande, a Produtos para Limpeza Ltda ganhou um contrato de R$ 3,297 milhões com o governo estadual. A contratação derivou justamente da licitação investigada pelo (Ministério Público Estadual), que suspeita de fraude, , corrupção e associação criminosa no processo.

Vencedora de parte dos lotes do pregão eletrônico 145/2017, aberto pela SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização), a Max Limp acabou contratada pela SED (Secretaria de Estado de Educação), em 2018, para fornecer materiais de limpeza. Inicialmente, o valor acertado foi de R$ 2,637 milhões. As informações constam no Portal da Transparência estadual.

O contrato foi aditado em agosto de 2019, e o valor acrescido em R$ 659,1 mil. O vínculo da empresa com a SED se encerrou em dezembro de 2019.

O escritório da Max Limp, situado no Jardim São Lourenço, recebeu a visita de agentes da 30ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Campo Grande, com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), na manhã desta segunda-feira (19).

Operação também mirou servidor

Ao todo, seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal de Campo Grande foram cumpridos. Os alvos foram as empresas, seus proprietários e procurador, além de um servidor público que, à época, trabalhava no núcleo de licitações do governo do Estado.

Além da Max Limp, o pregão 145/2017 também sagrou vencedora a Mega Comércio de Produtos Hospitalares Eireli. Não há no Portal da Transparência informações de contratos celebrados pelo governo com a empresa a partir do resultado desta licitação.

Segundo divulgou o MPMS, foram recolhidos celulares, notebooks e documentos, que passarão por análise da 30ª Promotoria. Uma das imagens divulgadas pelo órgão também mostram maços de dinheiro em notas de R$ 50.