Após aprovação pela Câmara Municipal na sessão virtual desta segunda-feira (7), o prefeito (PP), sancionou na manhã desta terça-feira (8), sancionou a lei municipal autoriza a contratação de servidores da saúde, que já atuam no município, por mais um ano além do prazo já permitido.

A Lei Municipal de 2016, excluía a possibilidade de ampliar as contratações vigentes já que o município só pode contratar médicos pelo período de 12 meses e ampliar por mais 12 meses, completando 24 meses. Após esse período, era preciso esperar um intervalo de 24 meses para que esses profissionais pudessem voltar a atuar no município.

Segundo o procurador Geral do Município, Paulo Cesar Nunes da Silva, a demanda por profissionais ocorre devido a dois fatores, o primeiro e mais urgente, a pandemia, gerou um aumento na demanda por esses profissionais e, o segundo, é que não existem mais profissionais remanescentes do concurso realizado em 2016.

“Nós buscamos a autorização para prorrogação do contrato desses profissionais que já atuam no município. Antes eles precisavam passar por uma quarentena prevista em Lei e por isso foi solicitado a revisão emergencial desse termo. A pandemia expôs essa necessidade e não existem mais médicos a serem chamados do último concurso e, atualmente, muitos dos convocados já não atuam mais no município”, destaca.

Dourados, através da SEMS (Secretaria Municipal de Saúde), administra 55 equipes da saúde da família, 6 unidades especializadas, 4 serviços de vigilância em saúde e 2 unidades plantonistas para atendimento clínico noturno e nos finais de semana. Para manter os serviços em pleno funcionamento é preciso profissionais, que historicamente apresentam uma baixa adesão aos processos seletivos para os médicos, entre outras áreas da saúde.

“O município vem tentando contratar profissionais desde março deste ano, em que foram ofertadas 15 vagas para médicos, mas não houve interessados. Esse é um dos motivos pelo qual buscamos a contratação temporária que é excepcional, está restrita às hipóteses previstas em lei quando se for constatada existência de dotação legal e disponibilidade financeira”, aponta o procurador.

A saúde pública de Dourados sofre com a dificuldade de contratação de novos profissionais e muitos dos profissionais que atuam hoje na saúde pública, já vem de contratos que podem beirar os 24 meses e teriam que cumprir esse afastamento obrigatório, mesmo que não haja profissionais interessados aprovados em concurso público, ou mediante processo seletivo, levando a uma redução drástica no quadro de profissionais.

O prefeito Alan Guedes, ressalta que a proposta do PL foi debatida internamente com sua equipe e a melhor alternativa encontrada para manter os profissionais atuando no município e com isso dar continuidade a atuação na saúde pública, que vive hoje o pior momento da pandemia da Covid-19 na macrorregião de Dourados.