Acusado de ser ‘laranja’ de João Amorim recupera R$ 50 mil apreendidos na Motores de Lama

Engenheiro apontado como ‘laranja’ de João Alberto Kramp Amorim dos Santos, Quirino Piccoli conseguiu recuperar R$ 50 mil que haviam sido apreendidos na 7ª Fase da Operação Lama Asfáltica, conhecida como Motores de Lama. Decisão do juiz Bruno Cézar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, deferiu parcialmente o pedido de restituição […]

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3ª Vara Federal de Campo Grande. (Arquivo)
3ª Vara Federal de Campo Grande. (Arquivo)

Engenheiro apontado como ‘laranja’ de João Alberto Kramp Amorim dos Santos, Quirino Piccoli conseguiu recuperar R$ 50 mil que haviam sido apreendidos na 7ª Fase da Operação Lama Asfáltica, conhecida como Motores de Lama. Decisão do juiz Bruno Cézar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, deferiu parcialmente o pedido de restituição feito pelo acusado. Entre as alegações da defesa, esteve a necessidade de custear recente internação do réu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Albert Einstein em São Paulo (SP), em razão de complicações decorrentes da Covid-19.

Conforme despacho publicado no Diário Oficial de Justiça Nacional da última sexta-feira (12), Quirino Piccoli pediu ainda a restituição de valores apreendidos em dólares (U$ 49.000,00) e euros (€ 11.645,00), mas estes foram negados pela Justiça Federal. Já os R$ 50 mil em reais e 795 libras esterlinas que haviam sido adquiridas em visita à filha, que vive na Inglaterra, tiveram a devolução autorizada. Para o juiz, os reais tiveram origem comprovada e as libras não representam quantia substancial.

No pedido, a defesa do engenheiro alegou que ele teve seu nome relacionado à operação apenas ‘por ser amigo íntimo’ de João Amorim e que os valores em moeda estrangeira seriam levados à filha na viagem que ele faria em abril deste ano. “A maior parte da quantia em reais apreendida seria decorrente da venda de gado”, alegou a defesa do engenheiro. Os valores foram apreendidos no cofre da residência dele, que alegou irregularidade na apreensão. 

Na decisão, o juiz federal lembrou que a apreensão dos valores ocorreu porque ele “foi identificado como possível “laranja” de João Amorim para o recebimento de valores provenientes de Antonio Celso Cortez e João Roberto Baird, os quais, a que tudo indica, possuíam proveniência ilícita”.

Conforme os autos, num período de três anos – entre outubro de 2015 e setembro de 2018, Cortez teria repassado a Quirino e suas empresas mais de R$ 5 milhões oriundos da PSG Tecnologia Aplicada, por meio de 72 transações bancárias. Do montante, pelo menos cinco transferências foram vinculadas a repasse da Ice Cartões para a PSG Tecnologia. A denúncia aponta ainda que nas contas pessoas do engenheiro aparecem diversas movimentações bancárias relacionadas aos investigados na Lama Asfáltica. Por conta disso, ele chegou a ser ouvido pelo menos três vezes e afirmou em depoimento que cedia as contas para movimentações financeiras feitas por João Amorim.

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