O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou liberdade no último dia 12 ao Antonio Joaquim da Mota, de Ponta Porã, preso durante a Operação Patrón, contra organização criminosa ligada ao doleiro Dário Messer, preso no .

Relator, o ministro Rogério Schietti Cruz levou em conta a decisão do TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), que já havia negado o pedido, por suspeitas de que o fazendeiro estaria envolvido “com operações dólar-cabo, o que só reforça a possível lavagem de dinheiro e evasão de divisas realizadas pelos investigados”.

A decisão também mostra trechos da investigação que apontam que o fazendeiro teria fornecido ‘local para que MESSER pudesse se evadir da aplicação da lei penal, teria ocultado US$ 232.000,00 […] e lhe repassado mensalmente valores, possibilitando que tais operações financeiras não chegassem ao conhecimento das autoridades brasileiras'.

Segundo os autos, Antônio também teria providenciado a identidade de Dário, que usou documento com nome de ‘Marcelo de Freitas Batalha' para permanecer foragido.

O fazendeiro está preso desde 19 de novembro de 2019 por decisão do Juízo da 7ª Vara Federal Criminal do .

Assassinato de Rafaat

O fazendeiro brasileiro Antônio Motta de Ponta Porã, a 346 quilômetros de , preso durante a deflagração da Operação Patron, deflagrada no dia 19 deste mês contra organização criminosa ligada ao doleiro Dário Messer, teria envolvimento no assassinato do narcotraficante Jorge Toumani Rafaat, que foi executado em 2016.

Segundo relatório da investigação Antônio Motta teria envolvimento financeiro com o assassinato de Rafaat, que controlava o tráfico de drogas na fronteira. O narcotraficante foi assassinado com mais de 16 tiros em junho de 2016. Os autores do assassinato de Rafaat usaram armas de grosso calibre para o crime, fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.

O relatório ainda aponta que a família Motta tinha uma pista de aterrissagem, na fazenda Buracão, que fica do lado paraguaio para o tráfico de cocaína entre o Paraguai e a Bolívia. Sérgio Arruda, conhecido como ‘Minotauro', líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) também foi apontado no documento da operação.