A Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) deve voltar ainda mais o foco para a em 2021. Com isso, perdem as iniciativas nas áreas de Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia sob o guarda- da pasta.

O projeto da LOA (Lei Orçamentária Anual) 2021, enviado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa, reserva R$ 33,7 milhões para as despesas da pasta. O valor é cerca de R$ 2 milhões maior que o de 2020.

O aumento coincide com a destinação dos recursos da Semagro para a Agricultura, de R$ 5,1 milhões este ano para R$ 7,1 milhões no próximo. Parte deste volume vai para projetos de agricultura familiar.

Na contramão, o fomento à Ciência e Tecnologia deve perder meio milhão de reais em relação a 2020. O projeto em discussão no Legislativa prevê R$ 6 milhões para o setor via Semagro.

Já limitada, a reserva orçamentária para Gestão Ambiental está em R$ 802 mil, só R$ 2 mil a mais que o valor para o ano corrente. A maior parte do investimento estadual em Meio Ambiente é via Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que deve ter R$ 99,8 milhões em 2021.

Um dos principais programas da Semagro voltado à área ambiental é para implementação de projetos de recuperação de áreas degradadas, como da média e baixa Bacia do Taquari, bem como para proteção do Pantanal. O orçamento do ano que vem estima um investimento de R$ 338,5 mil para isso.

Semagro tem quatro comissionados para cada servidor estatutário

O quadro de funcionários da Semagro tem só 34 servidores estatutários. O corpo de comissionados é quase quatro vezes maior – 131 pessoas.

Ao todo, a secretaria tinha 165 trabalhadores em novembro, quando a folha de pagamentos somou R$ 732,2 mil. As informações constam no portal da Transparência do governo estadual.

Além disso, a pasta ostenta R$ 5,3 milhões em 26 contratos vigentes este ano.

Titular da secretaria é economista e ex-diretor da Fiems

está à frente da Semagro desde o início do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), em 2015, e acumulou a presidência do Imasul até o início de 2017.

O secretário é economista e foi professor universitário. Além disso, ocupou cargo diretivo na Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) antes de assumir a Semagro.

A reportagem procurou a Semagro, via assessoria de imprensa, mas não houve retorno até a publicação deste texto.