A em Mato Grosso do Sul declinou competência e encaminhou denúncia para que o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) investigasse suposto superfaturamento de compras de cestas básicas da gestão de (PSDB). Nesta sexta-feira (21), o Gecoc (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público) deflagrou a Operação Penúria, cumprindo 13 mandados de busca e apreensão.

No entanto, como a denúncia também foi protocolada ao MPMS, a 29ª Promotoria de Justiça instaurou procedimento Investigatório Criminal próprio e conduziu as investigações. A informação é de que o declínio da Polícia Federal não foi compartilhado para produção de provas das buscas desta sexta.

A denúncia foi protocolada pelo deputado estadual Capitão Contar em diversos órgãos, após estranhar o valor de R$ 5,8 milhões para compra de cestas básicas, sem licitação, permitida por causa da pandemia do novo coronavírus.

O deputado chegou a pedir informações ao Governo do Estado, mas nem mesmo o pedido foi encaminhado, por ter sido barrado na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso  do Sul) pelos deputados, maioria do grupo do governador tucano.

A operação foi deflagrada pelo promotor de Justiça Adriano Lobo Viana de Resende, e oriunda de um Procedimento Investigatório Criminal que tramita na promotoria. A Polícia Federal declinou competência por não terem sido usadas verbas federais nas compras.

Denúncia

Antes do aditivo ser divulgado, o deputado estadual Capitão Contar (PSL) em 1º de maio, denunciou nas redes sociais e também acionou o Ministério Público, de um possível superfaturamento feito pela compra com verba federal e sem licitação.

Nas contas feitas pelo deputado, ele afirmou que cada cesta básica custou ao governo R$ 97,00. Segundo a postagem do deputado, a equipe dele fez orçamento com os mesmos itens da cesta em diversos estabelecimentos, inclusive na mesma empresa contratada pelo governo e constatou que cada cesta de alimentos poderia custar até R$ 79,00. O parlamentar diz ainda que isso representaria uma economia de R$ 1.075.200,00

O parlamentar inclusive protocolou um requerimento na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) pedindo mais esclarecimentos ao governo sobre a compra, mas o pedido foi barrado pela maioria dos deputados.

As publicações nas redes sociais de Contar fizeram com que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) entrasse com prcocesso no TJMS (Tribunal de Justiça) contra o parlamentar por calúnia.

Porém, o governador desistiu da ação pouco tempo depois.

Matéria editada às 13h40 para acréscimo de informações.