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Transparência

Maioria das cidades ignora Bolsonaro e aumenta medidas para frear coronavírus em MS

A maioria das cidades de Mato Grosso do Sul aumentou os cuidados contra a disseminação do novo coronavírus após pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira. Nesta quinta-feira (26), mais nove cidades decretaram medidas para restringir a circulação de pessoas nas ruas. De acordo com o Diário Oficial da Assomasul (Associação dos Municípios de […]
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A maioria das cidades de aumentou os cuidados contra a disseminação do novo coronavírus após pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira. Nesta quinta-feira (26), mais nove cidades decretaram medidas para restringir a circulação de pessoas nas ruas.

De acordo com o Diário Oficial da (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), que publica os decretos oficiais de 56 dos 79 municípios do Estado, decretaram mais medidas a favor do isolamento social os municípios de Amambai, Batayporã, , Figueirão, Juti, Ladário, , Sete Quedas e Sidrolândia.

Em Amambai, foi decretada a situação de emergência e prorrogação do pagamento do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), com novas datas para parcelamento da taxa. O município já havia decretado toque de recolher por 15 dias das 20h às 5h e hoje determinou que há exceção do cumprimento pelo serviço de delivery.

Batayporã estabeleceu o Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção ao Covid-19 e Eldorado fechou academias de da cidade. Figueirão suspendeu atendimento presencial na Secretaria Municipal de Saúde e limitou acesso de pacientes em UBS (Unidades Básicas de Saúde) em cinco pacientes por vez, com distância social de dois metros. 

Juti suspendeu atendimento e sessões na Câmara Municipal, assim como Ladário, que fará as sessões via WhatsApp, com divulgação das decisões para a população. Ladário também restringiu o desembarque de pessoas de outras cidades dentro do município.

Pedro Gomes estabeleceu que restaurantes devem ficar fechados para o público e funcionar apenas em delivery. Carrinhos de lanche, nas ruas, não devem ter pessoas aguardando o preparo dos alimentos. Todos devem permanecer em casa para receber a comida, que poderá ser entregue até às 20h30.

O acesso aos mercados está limitado e pet shops, borracharias, mecânicas, salões de beleza e barbearia devem atender um cliente por vez, com agendamento prévio e de portas fechadas. Casas lotéricas podem ficar abertas, mas com dois clientes por vez mantendo distância social de dois metros. O estabelecimento deve disponibilizar álcool em gel 70%.

Sete Quedas e Sidrolândia suspenderam as reuniões do Conselho Municipal de Saúde.

Já Bonito, Japorã e Camapuã revogaram medidas restritivas à população. A Câmara de Bonito, que há dois dias havia suspenso as sessões, revogou a medida e convocou os vereadores a trabalharem normalmente a partir desta quinta-feira. Somente os servidores permanecerão em casa.

Em Camapuã e Japorã, os prefeitos revogaram artigos dos decretos de restrição para permitir a abertura de casas lotéricas e bancos nas cidades. Todas devem ter álcool em gel 70% para disponibilizar à população e atender somente dois clientes por vez, além de fazer com que os frequentadores respeitem a distância social.

Isolamento vertical

Bolsonaro fez um pronunciamento contrariando especialistas e pedindo a “volta à normalidade” e o fim do “confinamento em massa”. O presidente também afirmou que meios de comunicação espalharam “pavor”. O presidente diz ser a favor do isolamento vertical, ou seja, somente dos grupos de risco e de pessoas infectadas. Mas a medida é ineficiente, segundo especialistas, para conter a pandemia do novo coronavírus, o Covid-19.

Em carta conjunta, secretários estaduais de saúde do Brasil criticaram na quarta o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro. “Infelizmente o que vimos em seu pronunciamento foi uma tentativa de desmobilizar a sociedade brasileira, as autoridades sanitárias de todo o país”, diz trecho da carta publicada no site do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).

“Não podemos permitir o dissenso e a dubiedade de condução do enfrentamento à Covid-19. Assim, é preciso que seja reparado o que nos parece ser um grave erro do Presidente da República. Ao invés de desfazer todo o esforço e sacrifício que temos feito junto com o povo brasileiro, negando todas as recomendações tecnicamente embasadas e defendidas, inclusive, pelo seu Ministério da Saúde, deveríamos ver o Presidente da República liderando a luta”, diz a carta.

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