Bombeiros e policiais militares de Mato Grosso do Sul receberam salários menores do que deveriam neste mês de janeiro devido a um erro no cálculo do desconto do Imposto de Renda, que sofreu alteração recente. Entidades representantes de classe reagiram a situação e estão buscando formas de resolver o impasse.

O presidente da ACS (Associação de Cabos e Soldados), Mário Sérgio Couto, afirma que a questão se trata de um equívoco da equipe da SAD (Secretário Estadual de Administração), que recebeu “de última hora” as instruções normativas sobre o novo cálculo.

“Todos os ativos foram atingidos, na PM (Polícia Militar) e Corpo de Bombeiros. Até onde sei os descontos foram de R$ 50 a R$ 150. Choveram reclamações e então marcamos uma reunião com o secretário-adjunto da SAD (Secretário Estadual de Administração), Édio Viegas, para discutir essa situação”, frisa Couto.

O regime dos militares estaduais passou a integrar o Sistema de Proteção Social, gerando divergências na base de cálculo. Os valores recebidos a menos neste mês, segundo Mário Sérgio, serão diluídos no imposto de renda e os descontos não deverão mais ocorrer.

Já a AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul) pediu a correção urgente do desconto considerado por eles indevido, protocolando nesta manhã um ofício pedindo que o problema seja resolvido o quanto antes.

“Pedimos com isso uma emissão de uma folha suplementar, ou que no próximo pagamento seja creditado na conta do militar estadual o valor deduzido a maior. E que a partir de agora, seja feito uma auditagem para que seja evitado esse tipo de constrangimento ao policial e bombeiro militar”, conta o presidente da AOFMS, Alírio Villasanti.

Segundo a assessoria da AOFMS, a SAD, através de Édio Viegas, também já teria sinalizado para a instituição que fará a correção e a partir da próxima folha de pagamento o problema será sanado e não ocorrerá mais.

Contudo, em contato com a assessoria de imprensa da SAD, foi negado que houve algum erro no cálculo, mas não houve resposta sobre se os descontos continuarão a acontecer do mesmo jeito que foram feitos em janeiro. A reportagem tentou falar direto com Édio Viegas, mas até o fechamento do texto não obteve êxito.