Com inscrições encerradas há pouco, o processo eleitoral de elaboração de lista tríplice para o cargo de PGJ (Procurador-Geral de Justiça) traz nome de oposição à atual cúpula do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), junto aos nomes de três promotores Justiça que se afastaram de seus cargos concedidos pela atual gestão para a disputa.

Pela primeira vez, o processo permite a participação dos promotores e o nome de Ricardo Rotunno, titular da 16ª Promotoria de Justiça de , é apontado pela categoria como opção à cúpula atual, que vem sofrendo desgaste desde o escândalo da Operação Uragano, em que o então PGJ Miguel Vieira foi acusado de receber propina.

O grupo que se mantém no poder detém a maior parte das indicações no processo de lista tríplice. De quatro nomes, três são de detentores de funções concedidas pelo atual PGJ, Paulo César dos Passos, e desincompatibilizaram dos cargos na última semana de janeiro.

Entre as funções do promotor Paulo Cesar Zeni estavam a de integrante dos comitês de Segurança da Tecnologia da Informação e Crimes Cibernéticos e responsável por promover a modernização da gestão administrativa do MP ao executar o Projeto Paiaguá. Já Ricardo de Melo Alves também fez parte da execução do Projeto Paiaguá e compôs o Comitê de Segurança Institucional e a Comissão de Pesquisa e Inovação em Inteligência Artificial do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

O promotor Alexandre Magno Benites Lacerda, por sua vez, atuava como uma espécie de chefe de gabinete de Passos. Ele se desincompatibilizou da função de secretário-geral da atual gestão, na qual era o responsável, por exemplo, pela ordenança de despesas e análise e revisão das atribuições dos cargos efetivos do quadro de servidores. O fato de ter passado 10 de seus 14 anos de MPMS em funções políticas é alvo de críticas por parte de colegas.

Confira os próximos passos do processo eleitoral do MPMS:

Com inscrições encerradas, eleição traz promotor como oposição à cúpula do MPMS
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