Sindicato do Detran-MS reclama de número de comissionados no órgão
(Foto: Marcos Ermínio)

O presidente do Sindetran (Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito), Otacílio Sakai Júnior, se mostrou insatisfeito com a proposta do Governo do Estado de aumento da carga horária dos servidores públicos em duas horas. Após sair da reunião com o titular SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização), , que ocorreu na tarde desta segunda-feira (11) para também tratar do PDV (Plano de Demissão Voluntária), o sindicalista afirmou que houve aumento na quantidade de comissionados e que parecia que “a crise é só para os servidores de carreira”.

“É difícil explicar isso para o servidor, sendo que o exemplo não está vindo de cima. Você vê que houve aumento no número de comissionados e aumento no salário de muitos comissionados, então fica difícil esse discurso de crise”, afirmou Sakai.

De acordo com ele, o sindicato irá pedir que um estudo seja feito para averiguar a necessidade de se fazer o aumento de 2 horas. “Essa redução de duas horas não foi solicitada pelo servidor, foi o próprio governo que solicitou para reduzir os custos da máquina”.

Sakai lembrou que algumas agências que funcionam em já têm horário estendido e que um aumento nos outros locais poderia ocasionar problemas. “Às vezes falta material de consumo básico e o Estado não tem dinheiro para repor. Não queremos brigar com o Estado, a gente só quer ser justo, ter material de trabalho, quer ter estrutura de trabalho e valorização do servidor”, alegou o sindicalista.

‘Cabide de empregos'

Na semana passada reportagem do Jornal Midiamax denunciou que o ex-diretor presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Gerson Claro Dino (PP), ainda estaria ‘mandando' no órgão estadual, segundo denunciam servidores.

Segundo a denúncia, feita por servidores de carreira lotados no órgão, as mudanças na direção após a Operação Antivírus sempre preservaram o poder de e do grupo político que ele representa.

O deputado estadual Gerson Claro Dino (PP), que deixou o cargo de diretor-presidente do (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) em 2017, após ser preso em investigação de suspeitas de corrupção, ainda estaria ‘mandando' no órgão estadual, segundo denunciam servidores.

Claro nega. No entanto, confrontado pela reportagem sobre a recente nomeação de um aliado político, admitiu influência na definição de comissionados para cargos de chefia no Detran-MS.

Segundo a denúncia, feita ao jornal por servidores de carreira lotados no órgão estadual, as mudanças na direção após a Operação Antivírus sempre preservaram o poder de Gerson Claro e do grupo político que ele representa.

Logo após a prisão do atual deputado pelo PP, passaram pela presidência do Detran-MS o ex-prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka, e o servidor Luis Carlos da Rocha Lima, que está no cargo até o momento.

Entretanto, Claro continuaria definindo quem ocupa funções estratégicas e arrumando espaço para acomodar aliados políticos em cargos técnicos. Um dos voluntários de sua campanha Genis Garcia Barbosa, foi nomeado para cargo em comissão de Gerência Executiva e Assessoramento, símbolo DCA-10, da agência do Detran-MS no Prático do Aero Rancho, em Campo Grande.

O decreto 611 foi assinado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em 27 de fevereiro de 2019. Porém o novo servidor emendou o feriado de Carnaval e até a tarde de quinta-feira (7) não tinha aparecido na agência para começar a trabalhar. (Com Danúbia Burema e Éser Cáceres)