A Prefeitura de divulgou nesta sexta-feira (24) o relatório referente ao 1º quadrimestre do exercício financeiro deste ano. O documento aponta que o município voltou a ficar abaixo do limite prudencial nos gastos com salários dos servidores, sendo assim, uma dificuldade a menos na negociação de reajustes.

No entanto, o secretário municipal de Finanças e Planejamento, , afirma que para a Prefeitura continuar dentro do limite de alerta, os aumentos salariais terão que ser parcelados.

“Saindo do prudencial, é possível dar um reajuste conquanto ele seja parcelado, porque se eu der, por exemplo, 4,17% que a ACP [sindicato dos profissionais da educação] está pleiteando, eu volto imediatamente para o prudencial, ou posso chegar até o máximo e chegar numa situação de descontrole”, avalia Pedro Neto.

No relatório divulgado hoje, nos últimos 12 meses, o município teve receita corrente líquida de R$ 3,2 bilhões, sendo que 51,16% deste valor (R$ 1,6 bilhão) foi gasto com servidores. Com isso, o município fica abaixo do limite prudencial determinado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que é de 51,30%.

“Isso diminui um pouco a pressão na gente do ponto vista do cumprimento da LRF, mas o problema financeiro de honrar todas as nossas obrigações com facilidade ainda persiste. Estando à beira do prudencial, qualquer movimento de folha, de aumentos de gastos com pessoal, pode nos colocar na mesma posição que a gente acabou de sair”, explica Pedrossian Neto.

Segundo o responsável pela pasta de Finanças da Capital, as negociações com as categorias continuam, e o reajuste linear para todos os profissionais do município deve ficar próximo de 4%, mas parceladamente.

“Para todas as categorias teriam que ser parcelados, mas queremos dar o mesmo tratamento para uma e estender a todas. Os professores têm uma negociação diferenciada por conta do reajuste nacional do Fundeb, eles têm recurso próprio para bancar a folha deles. Agora, vai servir de exemplo para as outras categorias”, conclui Pedrossian.