Por unanimidade, membros da comissão processante instalada na Câmara Municipal de Dourados, distante 225 km de Campo Grande, decidiram pelo prosseguimento do processo que pode culminar na cassação do vereador afastado Pedro Pepa (DEM). Pepa é acusado de receber propina em suposto esquema de fraude em licitações da Casa de Leis.
A ‘mesada' a ele e outros dois colegas, Pastor Cirilo Ramão (MDB) e Idenor Machado (PSDB), acusa a Operação Cifra Negra, variaria entre R$ 20 mil e R$ 23 mil, em troca do grupo supostamente fraudar licitações e favorecer empresas do ramo de TI (Tecnologia da Informação) nos certames.
Dar prosseguimento às investigações, alega o presidente da comissão processante, vereador Carlito do Gás (Patriota), garantirá ao democrata a oportunidade de apresentar sua versão das acusações e defender o direito ao exercício do mandato.
A defesa já arrolou testemunhas, que começarão a ser ouvidas a partir da semana que vem, e também tomaremos, sempre em conjunto com os membros da Comissão, outras decisões com vistas a esclarecer os fatos narrados na denúncia”, justificou o presidente ao declarar a decisão.
As investigações, ainda divulgou o Diário MS em dezembro, também teria apontado que Pepa, Cirilo Ramão e Idenor Machado teriam usado contrato com as empresas para comprar votos durante a disputa pela presidência da Câmara de Vereadores, em 2015.
Ao deixar a presidência, Idenor teria passado a ‘missão' de continuar atendendo interesses das empresas em troca de propina, cujos pagamentos seriam intermediados pelo então servidor Alexandro Oliveira de Souza.
Regimentalmente, a comissão, escolhida por sorteio, tem 90 dias, contados a partir de sua formação, para apresentar relatório final, recomendando ou não a perda do cargo. Com o relatório em mãos, plenário da Casa de Leis decidirá o destino do democrata.
Ele não foi localizado para comentar o andamento da comissão, mas o espaço nesta reportagem continuará reservado para sua manifestação, caso queira.