Horas após empresa de TI rebater Detran-MS, sistema volta a funcionar

Depois de culpar empresa de tecnologia e ter informação rebatida, o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) teve os sistemas normalizados no fim da tarde desta quinta-feira (21). Mais cedo, empresa que seria responsável por apagão nos serviços informou que problemas estariam em servidores próprios do departamento. Em nota publicada nesta tarde, o Governo do Estado […]

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(Foto: Minamar Junior | Midiamax)
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Horas após empresa de TI rebater Detran-MS, sistema volta a funcionar
(Foto: Minamar Junior/Arquivo Midiamax)

Depois de culpar empresa de tecnologia e ter informação rebatida, o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) teve os sistemas normalizados no fim da tarde desta quinta-feira (21). Mais cedo, empresa que seria responsável por apagão nos serviços informou que problemas estariam em servidores próprios do departamento.

Em nota publicada nesta tarde, o Governo do Estado afirmou que o atendimento do órgão está normalizado. “O sistema foi restabelecido e todos os serviços prestados pelo órgão voltaram ao normal”, informou o Estado.

Desde a última terça-feira (19), seis mil procedimentos de emplacamento, transferência, alienação ou desalienação e liberação de veículo do pátio deixaram de ser feitos em todo o Mato Grosso do Sul.

De acordo com o Detran-MS, quem precisar dos serviços que voltaram a ser oferecidos podem procurar agências a partir desta sexta-feira (22), sem que prazos sejam prejudicados.

Empresa rebateu

Ao Jornal Midiamax, a B3, que é proprietária do SNG (Sistema Nacional de Gravames), afirma que a mesma infraestrutura disponível para todos os Detrans do Brasil é a do Mato Grosso do Sul e que em todo o país o sistema opera normalmente.

“Especificamente para o estado do Mato Grosso do Sul, fomos alertados sobre uma instabilidade sistêmica que, em uma primeira análise, não está relacionada a indisponibilidade do sistema da B3 – que continua operando normalmente em todos os demais estados brasileiros”.

A assessoria de imprensa da empresa afirma, ainda, que há análises em andamento para detectar se o problema está no servidor próprio do Detran-MS.

“Ainda assim, a B3 já está mobilizando todos os seus recursos de assistência em tecnologia e infraestrutura para, em conjunto com o Detran do estado, normalizar o processo de registro de gravames de veículos do MS de forma mais breve possível”, disse.

A informação corroboraria denúncia feita ao Jornal Midiamax de que a queda do sistema teria relação com uma espécie de manobra para limpar dados de veículos do Estado. O Detran-MS, contudo, nega a informação e afirma que nenhum dado foi perdido desde a queda do sistema.

Apagão

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (21), o diretor de Tecnologia da Informação do Detran-MS, Robson Roberto Alencar, detalhou que o SNG (Sistema Nacional de Gravames) é o que está fora do ar desde a última terça-feira (19).

A empresa B3 (Brasil Bolsa Balcão) é a proprietária do sistema e, desde que a queda foi registrada em todo o país, foi acionada para regularizar a situação. Ocorre que, segundo Detran, inicialmente constatou-se que em outros estados o problema era a queda de um link da Embratel.

A situação teria sido normalizada em todos os estados, menos em Mato Grosso do Sul, que segue com interrupção em cerca de 2 mil serviços por dia. Em contato com o Detran-MS, a B3 teria afirmado que inicialmente não se tratava de problema nos equipamentos deles.

Até o momento, nenhum técnico da empresa veio a Mato Grosso do Sul analisar os equipamentos instalados no Detran. Os técnicos estaduais fazem monitoramento nos aparelhos, mas a solução definitiva estaria sob responsabilidade da empresa proprietária do sistema de emissão de gravames.

Também segundo o chefe da TI do Detran-MS, a troca dos aparelhos por parte da B3 ainda não teria ocorrido porque a empresa espera um parecer do fabricante, que constataria se o problema é mesmo nos equipamentos.

“Não houve perda de dado nenhum. Uma vez que não tem como acessar a base, então não houve novos registros, inclusões ou alterações. O que foi feito de operação não tem como se perder. O problema são as novas operações que não podem ser feitas”, disse.

 

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