Obras foram feitas com espessura menor que exigido pela Sudeco

A Prefeitura de está tendo que refazer o de diversas ruas do município para não perder um convênio avaliado em R$ 3,2 milhões concedido há cinco anos pela Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste).

A informação foi repassada pelo prefeito de Paranaíba, Ronaldo Miziara (PSDB), que diz que pretende concluir os ajustes no recapeamento em até 30 dias. As obras compreendem os bairros Industrial de Lourdes, Santo Antônio, Daniel II, Daniel IV, Vila Salomé, Ipê Branco e Jardim Elisa.

Os recapeamentos tiveram início durante a gestão do ex-prefeito Diogo Tita (sem partido), que assinou o convênio com a Sudeco em 2013. A Superintendência exigiu que o asfalto construído com os recursos tivesse 4,5 cm de espessura.

Entretanto, as obras foram licitadas com a previsão de implantação de menos de 3,5 cm de espessura, e executadas com um asfalto mais fino ainda. A Sudeco realizou vistorias em 106 mil m² de asfalto e constatou as irregularidades.

Após as vistorias, a Superintendência exigiu que, ou as obras fossem paralisadas e o dinheiro do convênio liberado até o momento (R$ 800 mil) devolvido, ou que o recapeamento dos bairros fosse refeito para liberação das outras três parcelas restantes, que somam R$ 2,4 milhões.

O prefeito Ronaldo Miziara disse que pretende regularizar as obras em 30 dias. “O próprio município está executando. Compramos a emulsão asfáltica por meio de licitação, compramos a massa, e nós mesmos estamos aplicando para diminuir os custos pro município” disse.Prefeitura recapea asfalto fino para não perder convênio de R$ 3,2 milhões

Segundo ele, apesar de parte da população reclamar do “re-recapeamento” das obras pontas, era mais lucrativo para a Prefeitura refazer as obras. “A gente viu que era mais vantajoso economicamente isso do que perder o convênio”, afirmou.

Asfalto fino foi ‘equívoco'

Questionado sobre o que o levou a licitar as obras da com um asfalto mais fino do que o exigido pela Sudeco, o ex-prefeito Diogo Tita disse que houve um “equívoco” e que “ninguém faz asfalto com 4,5 centímetros”.

“Isso foi um equívoco. Ninguém faz asfalto com 4,5 cm, nós inclusive chamamos uma firma reconhecida de Campo Grande pra fazer o projeto”, disse.

Ele confirma ter feito a licitação com uma previsão de 3,5 cm de asfalto, abaixo do exigido, porém atribui o imbróglio à demora da Sudeco em fiscalizar as obras. “Agora está tudo certo, inclusive passei pelas ruas e já to vendo que estão todas em obras”, completou.