O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), nomeou nesta sexta-feira (25) o coronel Edmilson Lopes da Cunha para o cargo de subcomandante-Geral da de Mato Grosso do Sul.

A nomeação foi publicada nesta quinta no Diário Oficial do Estado, uma semana depois de vinte e um integrantes da Polícia Militar terem sido presos durante a Operação Oiketicus, que investiga uma rede de policiais que facilitavam o contrabando de cigarros em fiscalizações no Estado.

O coronel Edmilson ocupava até então o cargo de diretor de Gestão da Polícia Militar. O cargo de subcomandante estava vago desde o início de março, quando o coronel André Luiz Saab, ex-subcomandante da corporação, foi exonerado do cargo que ocupou por cinco meses.

Além de diretor de Gestão da PM, Edmilson também já foi comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar e diretor de Recrutamento Seleção e Promoção.

Operação contra corrupção na PM

A Operação Oiketicus foi deflagrada em conjunto pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e pela Corregedoria da Polícia Militar na quarta-feira passada (16). Vinte e um policiais militares foram presos, suspeitos de integrarem a ‘Máfia dos Cigarreiros'.

Destes, apenas um recebeu habeas corpus desde então. Foi o sargento Ricardo Campos Figueiredo, que era lotado como assessor na Segov (Secretaria de Governo e Relações Institucionais) e trabalhava na segurança pessoal do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), na época da prisão.

Segundo as investigações, os militares integrantes da ‘máfia' recebiam propinas de até R$ 100 mil para fazer “vista grossa” e até repassar informações sigilosas aos contrabandistas. Em alguns casos, os PMs sequer iam para a rodovia fazer a fiscalização, evitando, assim, contato com as cargas de cigarro.