Depois de prender 20 policiais militares suspeitos de corrupção durante a , contra a Máfia dos Cigarreiros em MS, a corregedoria da Polícia Militar junto ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apreendeu objetos que podem comprovar a materialidade.

Na tarde desta quarta-feira (16) policiais do chegaram até a sede da com carros descaracterizados. Posteriormente, os militares desceram com diversos materiais apreendidos como documentos impressos e em CDs, além de armas, munições, coletes à prova de balas, galões contendo líquido e equipamentos que, conforme informações apuradas pela reportagem no local, são usados para fabricar e recarregar munições.

Há informações, ainda não oficiais, de que um bloqueador de sinais também teria sido apreendido pelos policiais. “Esses materiais são objetos para comprovar a materialidade da corrupção” afirmou um dos policiais que participa da operação à reportagem.

A operação

Mais 6 policiais militares chegaram por volta das 14 horas desta quarta-feira (16) na sede da Corregedoria da Polícia Militar da Capital. Os investigados chegaram em comboio de 6 viaturas e ao descer dos veículos, esconderam o rosto para não serem identificados. Ao todo, 14 policiais já passaram pela corregedoria para prestar depoimento na operação que investiga a máfia de cigarreiros e a corrupção policial no estado.

Dez policiais militares de já estão presos e foram levados para a Corregedoria da Polícia Militar da Capital com a deflagração da Operação Oiketikus, contra a Máfia dos Cigarreiros no Estado.

A ação, deflagrada nesta quarta-feira, teve ainda outros policiais presos de cidades do interior do Estado, como Bonito, Guia Lopes de Laguna e Jardim. Eles devem ser trazidos para a Capital.

Ao todo, a Corregedoria da Polícia Militar e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriram 66 mandados, sendo 21 de prisão e 45 de busca e apreensão.

Entre os alvos estão oficiais e praças da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, incluindo comandantes de unidades em municípios do interior.

O nome da operação é uma alusão ao “bicho cigarreiro”, lagarta que constrói uma estrutura com seda que tem o formato similar ao de um cigarro.