Pular para o conteúdo
Transparência

Eliminadas dizem que tinham preço menor e vão à Justiça contra licitação de R$ 11 milhões

Empresas desclassificadas na licitação da iluminação questionam resultado na Justiça
Arquivo -

Três empresas que foram desclassificadas pela prefeitura na licitação para instalar lâmpadas de LED e manter a iluminação pública de Campo Grande ingressaram com ações na Justiça para que o processo seja suspenso. Na avaliação das empresas, o município escolheu propostas mais caras, afrontando o princípio da , que era de menor preço. A contratação custou, ao todo, R$ 11,1 milhões aos cofres municipais, mas segundo as empresas, o valor poderia ser até 20% menor.

A licitação em questão já foi assunto de embate judicial nos últimos meses. Lançada em setembro do ano passado, ela chegou a ser suspensa pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), que aceitou denúncia de outra empresa perdedora. Depois, a corte decidiu dar aval para o município retomar a licitação, que foi reaberta em fevereiro e teve interesse de 10 empresas.

Antes disso, ações ajuizadas por outras empresas também retardaram o processo. O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) autorizou a participação de duas empresas eliminadas pela prefeitura. O resultado final do certame foi publicado pelo município em 13 de março.

Inconformadas com o resultado, as empresas MR Construtora LTDA, Lombardi Coura Engenharia e Age Comercial LTDA recorrem à Justiça na última sexta-feira (4). As ações pedem que o processo seja suspenso, impedindo, assim, assinatura do contrato com as duas vencedoras (Construtora JLC Ltda e Construtora B & C Ltda).

Advogado contratado pelas três empresas desclassificadas, Carlos Eduardo Oliveira explica que os clientes não concordam com a eliminação porque, ao fim do processo, a prefeitura escolheu propostas mais caras. “Estimamos que o valor contratado seja 20% maior do que as empresas eliminadas apresentaram”.

O que motivou a decisão da prefeitura em desclassificar as empresas foi o descumprimento de um dos itens do edital, que previa a disponibilização de um carro de apoio pelas empresas para trabalho administrativo. O custo desses veículos deveria ter sido indicado na composição final dos valores, mas conforme o município, não houve a discriminação.

A defesa das empresas afirma que mesmo não indicando os valores, o custo dos veículos não impacta no resultado final da proposta, tendo em vista que a licitação é no modelo empreitada por item. “No presente caso houve excesso de formalismo na decisão que desclassificou a proposta da autora, abrindo mão da melhor proposta para a administração em detrimento a uma proposta com valor superior”, afirmam as empresas nas ações.

Os três processos foram distribuídos em varas distintas: 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, 2ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos e 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos. Os juízes responsáveis pelas três ações decidiram, nesta quinta-feira (10), negar os pedidos em caráter liminar, ou seja, a licitação segue valendo até o julgamento do mérito.

Carlos Eduardo afirma, no entanto, que prepara recursos que serão ajuizados na segunda instância, e tentarão reformar as decisões dos juízes.

O Jornal Midiamax solicitou posicionamento para a prefeitura de a respeito das ações, e aguarda retorno. Na segunda-feira (7), o município informou que assinaria ainda nesta semana o contrato com as empresas vencedoras e que a previsão é de que pelo menos 8 mil sejam instaladas mensalmente na cidade.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
feminicídios vítimas ms mulher

Uma a cada 8 dias: MS registrou 15 vítimas de feminicídio em menos de cinco meses

Sidrolândia terá nova unidade de saúde por R$ 3,78 milhões até 2027

procurador-geral supremo stf

STF diz que é ilegal, mas Papy mantém em procurador-geral comissionado na Câmara

Acidente com capotamento deixa trânsito lento na Av. Bom Pastor

Notícias mais lidas agora

No pantanal das onças grito de socorro

No Pantanal das onças, de quem é o grito de socorro que ninguém está ouvindo?

feminicídio corumbá

Mulher morre após ser incendiada em Corumbá e MS soma 15 vítimas de feminicídio em 2025

cpi consorcio oitivas

Ônibus sem limpeza e multa só para carros: relembre as oitivas da 2ª fase da CPI do Consórcio

fluminense

À espera de reforços, Fluminense chega aos Estados Unidos para a disputa do Mundial

Últimas Notícias

Polícia

Discussão por fichas de sinuca termina com disparo de arma de fogo no Guanandi

Ninguém ficou ferido

Trânsito

Motociclista morre após sofrer traumatismo craniano em acidente no interior de MS

A vítima foi identificada como Luan Camargo dos Santos

Polícia

Filha dá facada na própria mãe após ser atingida por óleo quente no Tijuca

Mulher ficou com a faca cravada no pescoço

Polícia

Mulher passa por momento de tensão ao ser ameaçada de morte por ex-companheiro com canivete no pescoço

O caso ocorreu na madrugada deste sábado (7)