A defesa do ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto, e mais quatro réus da Operação Lama Asfáltica, alegou nesta quarta-feira (19) ‘desproporcionalidade’ ao STF (Supremo Tribunal Federal) em manter os investigados presos mesmo após a soltura do ex-governador André Puccinelli e o filho, o advogado André Puccinelli Júnior.

Em uma petição urgente, impetrada às 16h58 (horário de Brasília) ao relator, ministro Alexandre de Moraes, a defesa alegou que a ministra Laurita Vaz determinou a soltura dos dois réus no RHC 104519/SP, que foram presos depois dos investigados neste processo, pedindo a liberdade de todos de ofício ou o deferimento da medida liminar.

Giroto, Rachel Jesus Portela Giroto, Flávio Henrique Garcia Scrocchio, Wilson Roberto Mariano de Oliveira e Mariane Mariano de Oliveira Dornellas estão presos há sete meses. As mulheres, em prisão domiciliar.

Soltura

O ex-governador André Puccinelli (MDB) e o filho dele, André Puccinelli Junior, deixaram o Centro de Triagem de Campo Grande no fim da tarde desta quarta-feira (19). A soltura é reflexo de habeas corpus concedido pela ministra Laurita Vaz, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), no início da tarde.

Ao deixar a prisão por volta das 18h30 desta quarta, Puccinelli, com semblante sério, não esboçou qualquer tipo de reação aos jornalistas que acompanharam a saída. Ele e o filho entraram juntos em um veículo e deixaram o Centro de Triagem.

A decisão de libertar o ex-governador e o filho é da ministra Laurita Vaz, que em outubro já havia concedido habeas corpus ao advogado João Paulo Calves, também preso em julho junto de Puccinelli e filho.

A íntegra da decisão da ministra deve ser publicada apenas em 1º de fevereiro, quando encerra o recesso do judiciário, marcado para iniciar nesta quinta-feira (20).