Empreiteira foi investigada na Operação Lama Asfáltica
A empresa Santa Cruz Construções e Terraplanagem, acusada pelo MP-MS (Ministério Público Estadual) de integrar um suposto esquema de desvio de verbas públicas em serviços de tapa-buracos na Capital, conseguiu suspender um bloqueio de R$ 22,1 milhões indisponibilizados pela Justiça nesta quarta-feira (18).
Segundo a força-tarefa da Operação Lama Asfáltica, a empresa teria conseguido R$ 1,7 milhão em contratos com a Prefeitura de Campo Grande na época da administração do ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB), que também teve bens indisponibilizados na mesma ação contra a Santa Cruz.
O órgão pediu o bloqueio após investigar o suposto esquema de desvio de verbas na tapa-buracos ocorrido entre os anos de 2010 e 2012, para garantir que o grupo ressarcisse R$ 22,1 milhões dos cofres.
De acordo com o MP-MS, a Santa Cruz fez parte de um “seleto grupo” de empresas privilegiadas em licitações da tapa-buracos no período. A ação também pediu que todos os contratos com a Santa Cruz sejam extintos.
O desbloqueio de bens foi autorizado após a empresa e seus sócios terem entrado com um agravo de instrumento contra a decisão de bloqueio de bens. O desbloqueio foi autorizado pelo desembargador relator do processo, Marco André Nogueira Hanson.
Além da empresa, as contas dos sócios da empreiteira, Ermelindo Ramalho de Carvalho, José Ricardo de Carvalho e Eduardo Chicol Gonçalves, também foram desbloqueadas.
Além da Santa Cruz, a ação civil do MP-MS também tem como investigados o ex-prefeito Nelsinho Trad, a empresa Usina de Asfalto Santa Edwiges, os ex-secretários de Obras, Semy Ferraz e João Antônio de Marco, o ex-chefe de divisão de Obras, Sylvio Darilson Cesco.
Também são investigados Bertholdo Figueiró Filho, Cláudio Caleman, Ivane Vanzella, Moises Henrique Moura dos Santos, Múcio José Ramos Teixeira, Onofre da Costa Lima Filho.
