Justiça manda nem pisar no departamento

Apesar de terem sido soltos por meio de habeas corpus, a cúpula que comanda o (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) está impedida de voltar ao comando do órgão. O governo, no entanto, ainda não decidiu substituir o presidente do departamento, Gerson Claro, que chegou a ser preso na terça-feira (29) e está sendo investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repreensão ao Crime Organizado).

Várias reuniões foram feitas no governo ao longo da tarde para decidir quem vai comandar o departamento, segundo a assessoria de imprensa. No entanto, nada foi decidido.

Do Detran, além de Gerson Claro, também chegaram a ser presos os servidores Donizete Aparecido da Silva, Erico Mendonça, Celso Braz de Oliveira Santos e Gerson Tomi – todos com cargo de chefia.

Por decisão do desembargador João Maria Lós, os investigados estão impedidos de comparecer ao Detran e de ter contato com os servidores.

O presidente do Sindetran-MS (Sindicato dos Servidores do Detran-MS), Octacílio Sakai Junior, disse não saber quem está no comando do departamento. “Pelo que eu sei, eles não podem nem pisar no Detran”, afirmou.

A foi deflagrada pelo Gaeco com o objetivo de apurar a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, envolvendo empresas da área de tecnologia da informação e o Poder Público Estadual.

Desde terça-feira, o Midiamax questiona o governo do Estado se Gerson Claro e outros diretores serão exonerados. Na terça-feira, o governador Reinaldo Azambuja se limitou a divulgar uma nota à imprensa em que manifestava apoio às investigações e afirmava “aguardar esclarecimentos dos órgãos de controle para definir as medidas legais cabíveis no âmbito da Administração Pública”.