Linhas executivas passarão a cobrar R$ 4,50

A tarifa do transporte coletivo aumentou R$ 0,15 e vai para R$ 3,70 já no próximo domingo (3). O valor segue o estudo realizado pela Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), segundo divulgado pelo Diário Oficial da Capital nesta sexta-feira (1º). 

De acordo com diretor-presidente da Agereg, Vinícius Leite Campos, o valor exato do estudo chegou a R$ 3,7094. O valor em datas especiais, como Dia do Trabalho, Dia das Mães, , Aniversário de , Finados, Natal e Ano Novo será de R$ 1,48, ou seja, 40% do valor praticado no dia a dia. 

Em linhas circulares executivas, o valor vai para R$ 4,50. O troco máximo estipulado para todos os terminais é de R$ 20,00. A tarifa em datas especiais no valor de R$ 1,48 (um real e quarenta e oito centavos) será exclusiva para pagamento com cartão eletrônico recarregável (Smart Card).

O estudo aponta a tarifa técnica do transporte coletivo na Capital, levando em consideração os insumos que influenciam no reajuste. Para chegar ao valor, foi aplicada a fórmula prevista no contrato de concessão para fazer o reajuste anual.

Conforme Campos, a tarifa é composta com peso de 39,9% na variação do preço do combustível; 29% salário do motorista (que será discutido em assembleia nesta quarta-feira) INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) 4,66% e a índice da FGV sobre o custo da manutenção dos veículos 27%.Prefeito assina decreto e aumenta tarifa de ônibus para R$ 3,70 no domingo

“A única forma de não aumentar [a tarifa do transporte público] seria se o governo do Estado isentasse o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do óleo diesel, como o estado de Mato Grosso fez. Mas aqui o [governo do] Estado não se manifestou. O reajuste anual é estabelecido em contrato com critérios para repor perda inflacionária e de insumos do setor. A única forma de não aumentar, é uma causa extraordinária desonerar insumos ou tributo”, diz o diretor-presidente da Agereg.

Segundo a Agereg, o Consórcio Guaicurus pediu mudança no cálculo da tarifa, por conta da perda anual de passageiros, mas ainda está em estudo e não incidiu neste reajuste. “Eles queriam uma alteração na fórmula de cálculo no INPK (índice de passageiros por quilômetros), pois estão perdendo em torno de 5% [de passageiros] por ano, por isso, pedem a mudança na composição da tarifa. Discutimos e levamos ao conhecimento do Conselho, mas, levaria a um reajuste ainda maior”, explica Campos.

O decreto foi sancionado pelo prefeito de Campo Grande Trad (PSD), que afirmou que se não fosse concedida a isenção do ISSQN para o Consórcio, o valor poderia chegar a R$ 4,10. 

Em dezembro de 2016, o aumento no passe de ônibus foi de 9,2%, superior a acumulada no período [8,5%] e superior ao reajuste do salário dos motoristas, que seguiu a inflação.