Sete servidores eram suspeitos de se beneficiarem 

O MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) arquivou, a pedido do Procurador-Geral de Justiça Paulo Cezar dos Passos, mais uma investigação sobre suposta prática de nepotismo no TCE-MS (Tribunal de Contas Estadual de Mato Grosso do Sul). Ao comentar o assunto, o presidente do Tribunal, Waldir Neves, disse que a investigação foi uma ‘falha do promotor’. O arquivamento foi publicado no diário oficial do órgão desta quinta-feira (25).

Nesta investigação, o Ministério apurava eventual nepotismo direto ou cruzado nas nomeações dos cargos comissionados de sete servidores, entre eles, a ex-mulher de Waldir Neves, Alessandra Larréia Ximenes que, na época das denúncias ao Ministério, ganhava um salário de cerca de R$ 15 mil.

Além dela, estavam sob suspeita de nepotismo Igor Nemir Neves, Caroline Danielle Macena de Oliveira Rosa, Rovena Ceccon, Fábio Alves Monteiro, Sofia Maciel Souza Chaves e Maria Cecília Amendola da Motta.

O argumento utilizado pela relatora do procedimento no Conselho Superior do Ministério Público, a procuradora Mara Cristiane Crisóstomo Bravo, para arquivar o procedimento era de que havia um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado entre os órgãos para regularizar a situação.

Entretanto, não há menção sobre o TAC na ementa publicada nesta quinta. O Jornal Midiamax solicitou o conteúdo do TAC ao Ministério no último dia 16 de maio e, até a publicação desta matéria, dez dias depois, não recebeu nenhuma resposta do órgão.

A publicação do arquivamento, segundo a relatora, é de que existe no Ministério outro inquérito civil que apura o caso (06.2015.00000109-0), “instaurados pela 30ª Promotoria de Justiça da comarca de Campo Grande/MS, que, atualmente, é presidido pelo Procurador-Geral de Justiça”. A investigação arquivada seria mais nova e estaria em fase “menos avançada de investigação”.

Para ter acesso ao inquérito no site do MPE-MS é preciso senha do processo.

TCE-MS

MPE arquiva caso sobre nepotismo e Neves fala de ‘falha’ do promotor

Jornal Midiamax

““Foi arquivado o procedimento porque não se constatou. Inclusive, foi uma falha do Ministério, no caso do Zaupa. Ele não tem nenhum vínculo de parentesco” declarou Waldir Neves sobre um dos arrolados no inquérito, o servidor Igor Nemir Neves.

 O presidente ainda criticou o trabalho do promotor, afirmando que “faltou uma preocupação do Fernando Zaupa de checar”. “Só porque ele viu o sobrenome, aí eles investigaram e constataram que realmente, fizeram o cruzamento, não existe absolutamente nenhuma ligação. É uma coincidência. O servidor citado não é meu parente. Todos os procedimentos que tinham aqui foram arquivados porque não tinha e a gente conseguiu responder à altura”, afirmou Neves, o presidente.