Governador falará sobre o assunto hoje à tarde

Além de revelar que benefícios fiscais só eram concedidos ao grupo JBS, a partir do início dos anos 2000, mediante pagamento de propina aos governadores, os donos da empresa, Wesley e Joesley Batista, também revelaram à PGR (Procuradoria-Geral da República) que descumpriram termos do acordo firmado com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que deu R$ 1 bilhão em incentivos ao gigante do setor frigorífico.

Tanto no depoimento dado pelos irmãos aos procuradores quanto na petição para investigação enviada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), consta que parte das contrapartidas acordadas entre o JBS e o Governo do Estado não foi cumprida pela empresa.

Os delatores contam que desde o governo André Puccinelli (PMDB) até agora, firmaram cinco Termos de Acordo de Benefícios Fiscais, também conhecidos como Tare (Termo de Acordo de Regime Especial), com o Estado.

Os acordos previam que o grupo ampliasse as atividades de abate e desossa da unidade em Naviraí, e também executasse a implantação de um frigorífico em cidade não citada pelos delatores, mais dois para ampliação de atividades em locais também não citados e o último para ampliar e modernizar oito unidades de abate de Mato Grosso do Sul, esse último firmado em 2016.

JBS descumpriu acordo em MS, mas não deixou de receber benefícios fiscais

Confira o trecho da delação sobre Mato Grosso do sul neste link.

A reportagem entrou em contato com a JBS para mais detalhes sobre os descumprimentos, e aguarda retorno. O Governo do Estado, por sua vez, só irá se manifestar sobre o assunto em entrevista coletiva de Reinaldo Azambuja marcada para às 16 horas de hoje.