Ex-deputado passou a noite da 3ª delegacia de polícia
Defesa do ex-deputado estadual Ary Rigo ainda não ajuizou pedido de habeas corpus para tentar reverter prisão temporária imposta pela Operação Antivírus nessa terça-feira (29). O advogado Carlos Marques explicou que vai esperar o ex-legislador prestar depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), para só então tentar liberá-lo.
“A situação dele é tranquila. Com o depoimento podemos conseguir não só a liberdade dele, mas também evitar que no futuro ele seja denunciado penalmente”, disse. Isso porque, segundo Marques, Ary tratou de compra e venda de gados com Jonas Schimidt das Neves, sócio da Digitho, porém nunca teve contato com o Detran-MS ou relação com os contratos da empresa com o poder público.
Ary está preso na 3ª Delegacia de Polícia na qual passou a noite. De acordo com o delegado titular, Geraldo Marin, ele não foi encaminhado ao presídio porque trata-se de prisão temporária que dura cinco dias e não preventiva.
Jonas e Celso Braz diretor de finanças do Detran-MS estavam na mesma delegacia, mas já foram soltos. A cela tem uma beliche, pia de plástico e chuveiro. É semelhante as que são próprias para policiais presos. Mesmo assim, segundo a defesa, o ex-deputado está desconfortável, já que tem 71 anos e tem problemas cardíacos. “Essa prisão foi midiática, porque ele é um homem conhecido”, disse Marques.
Livres
O diretor-presidente do Detran, Gerson Claro (PSB), bem como seu adjunto Donizete Aparecido da Silva, o chefe da divisão de execução orçamentária, finanças e arrecadação Érico Mendonça e o diretor do departamento de TI (Tecnologia da Informação) Gerson Tomi, Celso Braz responsável pelo financeiro, além do servidor da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Luiz Alberto Oliveira Azevedo, já foram soltos.
Antivírus
A Antivírus tem como alvo desarticular suposto esquema que envolvia contratos entre o departamento e empresas de informática. Ao todo, foram nove mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 29 de busca e apreensão A Operação começou por volta das 7h da manhã de terça, e os agentes fazem buscas nos Blocos 7, 9 e 13, onde funcionam o setor de tecnologia da informação, a presidência e a diretoria de administração e finanças, respectivamente. As equipes requisitaram a presença dos diretores dos respectivos departamentos para acompanharem os trabalhos de busca e apreensão. (Foto Divulgação)