Inquérito investiga gestão passada na Capital
Com grande parte das secretarias municipais localizadas no Centro de Campo Grande, causou estranhamento que 18 servidores comissionados da Prefeitura de Campo Grande durante a gestão passada, de Alcides Bernal (PP), recebessem gratificação por ‘trabalho na zona rural’. A denúncia virou um inquérito civil e é investigada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul).
De acordo com o denunciante, alguns salários chegavam a ‘dobrar’ com os adicionais. Consta na denúncia que a ex-secretária adjunta de planejamento receberia R$ 10.098,90, mas com a verba temporária receberia R$ 20.338,65.
O caso é investigado pela 30º Promotoria de Justiça do Patrimônio Público. Nas diligências iniciais, o promotor requisitou o salário e a discriminação das verbas recebidas pelos 18 comissionados.
Entre eles, consta a maior parte dos ex-secretários municipais, como o de Saúde, da Agetran, Esportes, Segurança, Administração, Governo, entre outros.
Em consulta ao Portal da Transparência Municipal, é possível verificar o salário dos mesmos, mas sem especificações quanto à verba por trabalho na zona rural. Em um dos meses, um dos secretários chegou a receber R$ 54 mil, com excedente ao teto remuneratório estadual retido. O que, mesmo assim, garantiu um salário líquido de R$ 32.345,59.
O ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal não atendeu às ligações da equipe de reportagem.