Após denúncia, MPE-MS vai apurar suposto ‘mensalinho’ em Prefeitura

Vereador afirmou ter sido convencido por prefeito a entrar em esquema

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Vereador afirmou ter sido convencido por prefeito a entrar em esquema

O MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) decidiu averiguar uma denúncia de suposto “mensalinho”  na administração do prefeito de Ivinhema, Eder Uilson França Lima, o Tuta (PSDB), município a 282 km de Campo Grande.

Em nota emitida pelo órgão, o MPE-MS afirma que a denúncia será analisada com “presteza, celeridade, comprometimento” e “imparcialidade”, para “apurar eventuais crimes correlatos” e “fatos graves”  imputados ao “Prefeito e alguns vereadores do Município de Ivinhema”.

A denúncia foi apresentada primeiro na Câmara Municipal de Ivinhema pelo vereador Juliano Ferro (PR), na última terça-feira (19). Segundo Ferro, ele teria sido convidado pelo prefeito a participar do suposto esquema de corrupção, após assumir como presidente interino da Câmara.

“Ele me chamou para fazer parte do modo de corrupção, aonde nós iriamos desviar o dinheiro da Câmara, um repasse de R$ 50 mil reais, que iria ser desviado, aonde ele iria me repassar R$ 25 mil” disse o vereador na tribuna. O depoimento foi veiculado pelo site IviNotícias.

Segundo Ferro, o dinheiro era dividido entre presidência da Câmara e Prefeitura, e depois repassado pelo prefeito a cinco vereadores de sua base. O vereador chegou a apresentar uma quantia dinheiro supostamente entregue pelo prefeito Tuta na sessão da Câmara da última terça-feira.Após denúncia, MPE-MS vai apurar suposto 'mensalinho' em Prefeitura

De acordo com a nota do MPE-MS, publicada na última quarta-feira (20), a denúncia apresentada será investigada na 1ª Promotoria de Justiça de Ivinhema, pelo promotor Daniel do Nascimento Britto. Uma notícia de fato já foi instaurado sobre o caso.

Outro Lado

Em nota, o prefeito Eder Uilson, o Tuta, negou “qualquer ato de corrupção ou pagamento de vantagens indevidas a vereadores ou a qualquer outra pessoa” dentro da administração municipal de Ivinhema, desde o início de seu mandato.

Ele relacionou o suposto “mensalinho” denunciado com a restituição dos valores de duodécimo da Câmara Municipal ao Poder Executivo, que segundo ele, “são objeto de diversos registros contábeis e bancários, dotados de absoluta transparência”.

“No caso específico de valores de duodécimo restituídos pela Câmara Municipal à Prefeitura de Ivinhema, todo esse histórico documental existe em registros oficiais e sempre esteve à disposição dos órgãos de controle, e assim permanecem, especialmente neste momento”, disse Tuta, em nota.

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