Após deixar cadeia, Gerson Claro pede exoneração com cúpula do Detran-MS
Pedido ocorre em meio a escândalo de corrupção no departamento
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Pedido ocorre em meio a escândalo de corrupção no departamento
O diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), Gerson Claro Dino, e a cúpula do departamento pediram, há pouco, exoneração do cargo. A informação foi dada por Claro durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (31), na Governadoria, no Parque dos Poderes.
De acordo com Gerson, que está acompanhado do secretário de Governo, Eduardo Riedel, e Felipe Mattos, assessor jurídico do Governo, a decisão de pedir demissão é compartilhada por outros quatro diretores que foram alvos da Operação Antivírus, deflagrada na terça-feira (29) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Durante o último discurso como chefe do órgão e em tom de desabafo, Claro disse que abre mão de qualque sigilo na investigação comandada pelo Gaeco e que já solicitou a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para voltar a atuar como advogado. Ele afirma que irá se defender no processo.
Gerson afirmou, ainda, que foi alvo de “ilações” e que “defende a licitude de todos os atos praticados”. Ele também se defendeu afirmando que o Detran-MS sempre conseguiu os menores preços em contratos. Também haverá desmembramento do processo, segundo Claro, para dividir as apurações que envolvem a empresa Pirâmide Informática.
O nome do substituto de Claro e da nova diretoria do departamento investigado por supostas fraudes em contratos de tecnologia ainda não foram revelados e devem ser divulgados na edição desta sexta-feira do Diário Oficial do Estado.
Quem são
Além de Gerson Claro, também foram presos e agora pediram exoneração do Detran os servidores Donizete Aparecido da Silva, diretor adjunto, Erico Mendonça, chefe de divisão, Celso Braz de Oliveira Santos, diretor de administração e finanças e Gerson Tomi, diretor de tecnologia do departamento de trânsito.
Operação
A Antivírus tem como alvo desarticular suposto esquema que envolvia contratos entre o departamento e empresas de informática. Ao todo, foram nove mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 29 de busca e apreensão.
A Operação começou por volta das 7h da manhã de terça, e os agentes fazem buscas nos Blocos 7, 9 e 13, onde funcionam o setor de tecnologia da informação, a presidência e a diretoria de administração e finanças, respectivamente. As equipes requisitaram a presença dos diretores dos respectivos departamentos para acompanharem os trabalhos de busca e apreensão.
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