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Transparência

Sucessora da Itel diz que Bernal manteve contrato e nega ter pago a vereadores

Mil Tec sucedeu Itel e briga contra bloqueio de bens
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Mil Tec sucedeu Itel e briga contra bloqueio de bens

A Mil Tec Informática, que substituiu a extinta Itel Informática no processo decorrente da Operação Coffee Break, apresentou contrarrazões alegando não haver fatos que a coloquem entre os denunciados. No processo que pede o bloqueio de bens dos envolvidos, a defesa sustenta que nunca fez pagamentos a vereadores e, inclusive, diz que Jamal Salém (PR) se equivocou em sua manifestação.

“Não pode a empresa ser responsabilizada pela movimentação financeira dos vereadores mencionados, com quem não manteve qualquer negócio, sequer com Jamal Mohamed Salem, como indevidamente se mencionou na petição inicial. Os cheques mencionados na peça vestibular como tendo sido depositados em conta bancária do Vereador Jamal o foram, em verdade, na conta de Odair Ribeiro Mendonça Junior”, diz.

Em relação à ligação da empresa Itel Informática, a manifestação afirma que foi vencedora de licitações com a Prefeitura e, somente por isso foi contratada. Tanto que do início da gestão do prefeito Alcides Bernal (PP), até o termo final da contratação, em setembro de 2015, a contratação correu sem rupturas.

Houve atrasos considerados normais dentro do serviço público são relevados “mas, quando assim não entendido, desencadeou pedidos de rescisão contratual, em junho de 2013 e abril de 2014, quando estavam à frente do Executivo Municipal, respectivamente, Alcides Bernal e Gilmar Olarte”.

Conforme a empresa, a redução do valor contratual ocorreu em 26/6/2013, em 14,44%, incidente sobre o valor contratado (reduziu de R$ 13.089.086,69 para R$ 11.198.440,83) mas, em seguida, em 6/9/2013, aplicou-se acréscimo de 16,88%, passando o contrato para R$ 13.088.737,64. Isso com base no que o dono da Itel, João Baird, já disse nos autos do processo. Justifica, também, que o pagamento feito à sócia da companhia, Elza Cristina Araújo, “se deram a título de antecipação de lucros”.

Por fim, sustenta que foi de interesse da Prefeitura aditivar contratos por 3, 4 e 5 meses, “enquanto finalizava processo licitatório com objeto assemelhado, que teria sido suspenso por decisão do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul e recomendação da 30ª Promotoria de Justiça de “.

A empresa diz que Fábio Portela, que agora reside no Paraguai, não foi nomeado gerente de administração e finanças do IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação) e o acusa de ter prejudicado a Itel, “uma vez que não efetuou os pagamentos devidos a tempo e modo, desrespeitando o contrato e motivando, por isso, a formulação de pedido de rescisão contratual”.

Fusão – No dia 5 de fevereiro a Mil Tec, de propriedade Ricardo Fernandes de Araújo ex-sócio de Baird, publicou comunicação de incorporação integral à sociedade com a Itel. Quando houve a incorporação a ‘nova empresa’ já tinha conseguido R$ 28,6 milhões em contratos com o governo do Estado.

Os serviços de informática são os mesmo que até o ano passado eram executados pela Itel que não conseguiu renovar contrato com o governo a pedido do MPE-MS (Ministério Público EStadual) devido às investigações da Lama Asfáltica.

 

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