Operação Meteoro busca licitações fraudadas em  

“É uma denúncia gigantesca que envolve mais de R$ 8 milhões em desvios de várias obras da Prefeitura e em áreas de informática, merenda, transporte escolar e compras no comércio”, afirmou a delegada Ana Claúdia Medina da (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) sobre a Operação Meteoro, deflagrada nesta quarta-feira (10) em Jaraguari, distante 47 quilômetros de Campo Grande.

Desde a madrugada na cidade, a delegada explicou ao Jornal Midiamax após conversar com o prefeito Vagner Gomes Vilela que o pai e o sogro do prefeito também são suspeitos de lavagem de dinheiro. “Ele estaria comprando imóveis com o dinheiro desviado e lavando o dinheiro assim, ao registrar os bens em nome do pai e do sogro”.

Ao todo, o prefeito, quatro vereadores e 15 empresas são investigadas na Operação, que cumpre 20 mandados de busca e apreensão na cidade. Neste primeiro momento, segundo a delegada, ninguém será preso.

“Com cargos de confiança na Prefeitura, os quatro vereadores usariam o fato para influenciar e viciar as licitações, fraudando-as de acordo com a conveniência do grupo”, explicou a delegada.

A suspeita de improbidade administrativa motivou um pedido de busca e apreensão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, com cautelar deferida para ser cumprida nesta quarta. A operação conta com o apoio do Garras, Denar, Derf e Decon.

A denúncia noticia diversos atos de improbidade imputados ao atual prefeito da cidade “em conluio criminoso” com vereadores do município e ainda gestores públicos e privados do Estado.

Em razão do foro privilegiado, as denúncias de fraude em licitação, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, emprego irregular de verbas públicas, corrupção, passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa seguem sob sigilo.

Em parceria, empresários e poder público estariam prejudicando o comércio local ao superfaturar obras, direcionar tráfico de influência, e outras irregularidades em borracharias, transporte escolar, obras, assistência social, merenda escolar, frota, locação de veículos, recuperação de estradas, informática, alimentação, saúde e despesas oficiais.

A investigação corre desde dezembro de 2015.