Marcos Alex deixa o cargo ao término dos trabalhos  

O (MPE) Ministério Público Estadual decidiu suspender as férias do promotor de justiça e coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) Marcos Alex Vera de Oliveira, que aconteceria entre os dias 7 e 18 de janeiro. Segundo o órgão, a determinação visa dar celeridade na conclusão dos trabalhos da operação Coffee Break.

A resolução foi publicada no Diário Oficial do Ministério Público desta sexta-feira (8). Conforme a assessoria do órgão, o procedimento é comum quando constatado a necessidade do serviço. Marcos Alex é responsável pelas investigações da Coffe Break, operação responsável por apurar suposto esquema para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Ele voltou aos trabalhos nesta quinta-feira (7), segundo assessoria.

No fim de dezembro, o chefe adjunto do MPE, procurador Paulo César Passos, afirmou que levaria até 60 dias para a análise do relatório da Operação Coffe Break. Na época, o coordenador estava de recesso e emendaria as folgas com as férias.

O relatório está sendo analisado pela PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) e o retorno do promotor visa agilizar o prazo previamente estabelecido. Segundo a assessoria, a decisão do afastamento do promotor da coordenação do Gaeco, após análise do relatório e do possível ajuizamento de ações, continua mantida.

Mudanças no Gaeco

O MPE confirmou que além da saída de Marcos Alex da coordenação, ao fim do trabalho da Coffe Break, mais dois profissionaios, integrantes da força-tarefa responsável pela operação Lama Asfáltica, passam a fazer parte do grupo: Tiago Di Giulio Freire e Thalys Franklyn. Eles atuam diretamente no gabinete do procurador-geral de Justiça, Humberto de Matos Brittes.

Segundo Paulo Passos, a vontade de Marcos Alex deixar a coordenação do Gaeco já havia sido apresentada em 2014, mas ele foi mantido no cargo. Ele teria pedido novamente para sair por entender já ter cumprido sua missão. Existe o rumor de que o promotor vá integrar o governo do Estado, mas ninguém confirma.

O chefe adjunto do MPE afirmou, ainda, que ele foi o responsável por indicar Marcos Alex para o Gaeco, em 2010. Em 2012, o promotor foi alçado à condição de coordenador do Grupo e agora deixa a função, em meio a uma investigação polêmica. Além de novos integrantes, a chefia do MPE também decidiu que quem assumir a função de coordenação não tocará mais nas investigações e vai apenas fazer o trabalho de gerenciar os colegas. É uma mudança substancial pois durante toda as operações recentes do Gaeco, o promotor Marco Alex Vera sempre foi um dos personagens principais.