Ivamil, empresário e casal Olarte estão presos há 17 dias

A defesa do corretor de imóveis Ivamil Rodrigues, preso há 17 dias por suposta ligação na Pecúnia [dinheiro], operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço do Ministério Público Estadual, ingressou com pedido de soltura de seu cliente e disse acreditar que o Tribunal de Justiça defina a causa nesta quinta-feira (1), ou amanhã.

Rodrigues foi preso junto com o prefeito afastado de , , a mulher Andreia Olarte, ambos do Pros e o empresário do ramo de automóveis, Evandro Simões Farinelli. O quatro foram denunciados por associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Para os investigadores do caso, o valor dos imóveis comprados por Olarte e Andreia são incompatíveis com seus ganhos. Todos os implicados no caso já tentaram relaxar a prisão, mas os pedidos foram negados.

Rodrigo Martins Alcântara, advogado que assumiu a defesa de Ivamil poucos dias atrás disse que o seu cliente “não tem motivo algum par ficar detido”.

O defensor informou que Ivamil conheceu o prefeito em 2013 e, seis ou oito meses depois negociou os imóveis com o casal Olarte.

“Ele [Ivamil] é corretor, profissional, trabalha há 15 anos no setor, vive disso”, disse Alcântara, que acrescentou: “é réu primário, tem profissão definida, residência fixa, portanto, não há razão para permanecê-lo preso”.

Ivamil, disse o advogado, negociou três imóveis que envolveram o casal Olarte, um no [compra-se o lote e constrói a casa] e duas na Vila Dhama [casa já construída]. Os imóveis na Vila Dhama, Ivamil negociou com Gilmar Olarte; já no residencial, a venda foi firmada com Evandro Simões que, para o Gaeco, agia no suposto esquema como laranja de Gilmar e Andreia Olarte. 

Para o Gaeco, Ivamil seria parceiro do casal Olarte na compra dos imóveis. De acordo com a investigação, Ivamil negociava os imóveis que eram depois escriturados em nome de Evandro Farinelli. No entanto, de fato, as casas iam depois para o nome da ex-primeira-dama, Andreia Olarte.

O advogado contesta essa versão: “o corretor vive disso, de 5% do valor da venda. A ele [correntista] o interessante é vender. Ele não fez nada de errado e, ao final, será absolvido desse processo. Isso falo pelo meu cliente, a quem pedi a soltura”, disse Rodrigo Alcântara.

CASO

Os quatro supostamente envolvidos na trama que implicam o corretor de imóveis, o empresário e o casal Olarte, foram detidos no dia 15 de agosto por força de um mandado de prisão temporária. Cinco dias depois, a Justiça converteu a medida em prisão preventiva (por tempo indefinido).

Antes de o advogado Alcântara assumir a defesa de Ivamil, outro advogado já tinha tentado convencer a Justiça para soltá-lo, mas o relator do processo, Luiz Cláudio Bonassini, indeferiu o pedido.

Advogados do casal Olarte e do empresário, também tiveram os pedidos frustrados.

O Gaeco informou ter descoberto o esquema supostamente fraudulento do casal Olarte por meio da quebra dos sigilos bancários e fiscais da ex-primeira dama.