Capital compara crise gaúcha à local para justificar medida

A Prefeitura de publicou em seu site um texto, na manhã desta sexta-feira (17), informando que a crise financeira não é exclusividade da Capital de Mato Grosso do Sul. Enquanto receberão os salários de julho de forma escalonada, em agosto, no Rio Grande do Sul o governo estadual adotou medida semelhante, porém de forma ainda mais acentuada.

Em Campo Grande, os 18 mil servidores receberão os salários de julho entre os dias 7 e 21 de agosto. Os primeiros a receber são aqueles com vencimentos de até R$ 3 mil, o que segundo a Prefeitura corresponde a 80% da folha – quem ganha mais fica no fim da fila.

No Rio Grande do Sul, receberão primeiro aqueles com proventos de até R$ 2 mil. Os demais servidores devem ter os pagamentos liberados somente no fim de agosto.

A previsão nos pampas é de que este cenário continue nos próximos meses, conforme traz a Prefeitura de Campo Grande em seu texto publicado hoje. Na cidade morena, a meta da Prefeitura é retomar a normalidade nos pagamentos já em setembro.

O escalonamento da folha de julho, a ser paga em agosto, foi anunciado no começo desta semana pela Prefeitura. A medica é decorrente da crise financeira alegada pelo Município.

No texto publicado nesta sexta, a Prefeitura avisa que a decisão foi tomada em diálogo com o Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais). “Em nenhum momento se tratou de uma decisão autoritária”, fala Marcos Tabosa, dirigente da entidade, à fonte oficial.

A Prefeitura tem informado que precisa reduzir a folha de pagamento do funcionalismo municipal em R$ 10 milhões, de forma a sair do limite prudencial e não extrapolar o máximo previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Fala-se em cortes de comissionados e na não renovação de contratos com professores convocados, por exemplo.