Imol também ficou sem reagentes neste ano
O MPE (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou um inquérito civil para investigar a insuficiência de médicos perito-legistas no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande, de acordo com o publicado no Diário Oficial do órgão desta quinta-feira (23).
A investigação é da promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, da 32ª promotoria de justiça de saúde pública.
O Imol já passou por outras dificuldades neste ano, como a falta de reagentes para perícias. O governo do Estado firmou contrato de R$ 108.044,12 com a Life Technologies Brasil Comércio e Indústria de Produtos para Biotecnologia, para aquisição de materiais para exame de DNA nesta quarta-feira.
O deputado estadual, Pedro Kemp (PT), relatou a falta de reagente necessário em testes de DNA. O material é necessário para elucidação de casos de estupro, por meio do DNA, necessário para comprovação dos casos no Imol (Instituto Médico Legal).
Somente este ano, de janeiro a abril, afirmou o deputado, na época, foram registrados na Delegacia da Mulher 110 casos de estupro, dos quais apenas cinco envolvidos foram detidos.
O restante teria sido liberado por falta de comprovação. Em 2014, no mesmo período, houve registro de 111 casos e somente três pessoas detidas, afirma. Na ocasião, a justificativa do Estado é que em 2014 não foi feita licitação para aquisição do reagente, que custaria em média R$ 7 mil cada frasco, que serve para centenas de exames.