LD e Proteco movimentam 16 contratos milionários com a Prefeitura
Domínio das empresas sobre licitações chamou a atenção da PF
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Domínio das empresas sobre licitações chamou a atenção da PF
Além de funcionarem no mesmo endereço e terem parentes como proprietários, duas das empresas investigadas por fraudes em licitações na Operação Lama Asfáltica mantêm ao menos 16 contratos com a Prefeitura de Campo Grande. Fonte da Seintrha (Secretaria Municipal de Transporte Habitação) aponta que os acordos entre o Poder Público e as empresas Proteco Construções e LD Construções chegam a R$ 100 milhões.
Vasculhando o Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), surgem somente de um ano para cá alterações em contratos que passam dos R$ 40 milhões – dados sobre alguns dos acordos vigentes não aparecem nos resultados das buscas. Todos são referentes a serviços de manutenção de vias públicas, sejam pavimentadas, onde é feito o chamado tapa-buracos, ou não.
A LD Construções, de Luciano Potrich Dolzan, genro de João Amorim, dono da Proteco, entre julho de 2014 e este mês movimentou dez contratos com a Prefeitura. Alguns deles vencem este ano ou no começo do próximo, como os de número 329, prorrogado até 13 de janeiro de 2016; o 293, previsto para terminar no dia 27 de julho de 2015; e o 211-A, com validade até outubro de 2015.
No mesmo período, alguns desses contratos tiveram os valores aumentados, como o 293, firmado em 2010 e, com aditivo de R$ 559,8 mil feito há um ano, chegou ao valor de R$ 2,79 milhões. Ainda em julho de 2014 receberam aditivos no valor os contratos 212 e 210-A, ambos de 2010, que, juntos, somam R$ 6,55 milhões.
Fora isso, em março de 2012 a LD Construções fechou de uma vez só quatro contratos com a Prefeitura de Campo Grande, todos “visando a manutenção de vias públicas, consistindo na execução de serviços de tapa buraco e fornecimento de CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente”. Juntos, custam R$ 15,89 milhões aos cofres municipais e pelo menos três deles receberam termos aditivos em outubro de 2014, prorrogando-os para períodos entre o fim de julho e setembro deste ano.
Segundo as primeiras informações da Polícia Federal, um dos fatos que chamam a atenção sobre a LD Construções é a rapidez de seu crescimento. De uma hora para outra, seu capital social subiu de R$ 6 milhões para R$ 35 milhões.
Domínio
Já a Proteco pertence a João Amorim, segundo os federais o principal investigado, enquanto empresa, por chamar a atenção devido ao domínio sobre licitações com o Poder Público. Pelos dados disponíveis no Diogrande, entre julho do ano passado e deste ano teve alterações em seis contratos com a Prefeitura de Campo Grande, enquanto os empenhos – reservas de recursos para pagamento – à empresa referentes a janeiro, por exemplo, somam R$ 5,4 milhões.
Em março de 2012, enquanto a LD fechava quatro contratos com a Prefeitura, a Proteco fechou três. Dois deles para “manutenção de vias públicas, consistindo na execução de serviços de tapa buraco e fornecimento de CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente)”.
O outro é para “reconformação de vias com fornecimento e transporte de material de revestimento primário, em diversos locais de Campo Grande-MS”. Somados, os três custam praticamente R$ 15 milhões.
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