Fogo amigo deve começar cedo para as eleições de 2026 em Mato Grosso do Sul. E aparentemente a ‘galera do mal’ não tem muito trabalho para achar material de trabalho. Segundo fontes internas, grupo já elegeu até a ‘pasta-problema’, de onde devem tirar sucessão de escândalos.
Picaretas que se apresentam como ‘especialistas em criar crises’ seguem afoitos e empolgados com a graninha que levantam. A ordem é não deixar o custo eleitoral baixar de jeito algum.
Para tanto, têm desde jornalista que supostamente vende dados vazados pela esposa nomeada em cargo estratégico, até amante de dono de ‘produtora’ que grava conversas na antessala de gabinete poderoso.
No entanto, o fogo amigo deve centrar esforços na área onde, segundo dizem, se concentram problemas não resolvidos. Com tanto b.o. acumulado, já apelidaram a secretaria de ‘pasta-problema’.
Fogo amigo começa por onde índices são piores
Quem acompanha pesquisas sérias já sabe que a área da pasta é justamente onde os números são os menos favoráveis.
Dizem que a pasta-problema lida com o que há de menos republicano na atuação governamental e tem à frente quem já cumpre hora extra e nem queria estar mais descascando abacaxis. Mas, não pode deixar o barco porque é quem conhece onde estão os furos do casco.
Além disso, chefiam instituições estratégicas da pasta pessoas inexperientes e de pulso fraco. Gente colocada nos cargos como laranja de antigões cujas capivaras não permitem nomeações na linha de frente, revelam colegas desapontados.
Quanto pior, melhor para quem lucra
Muito mais que intrigas palacianas ou embate com grupo rebaixado para segunda divisão, tática do fogo amigo é articulada e planejada para favorecer quem lucra nas eleições. Assim, se mantém em MS verdadeira facção partidária estruturalmente ordenada.
Grupo tem tarefas bem divididas entre os integrantes e fornecedores. Para atender à estrutura, desde servidores em carreiras típicas de estado, até eternos cabos eleitorais que orbitam nomeações sem concursos são convocados.
Além disso, atua organizadamente para garantir vantagem financeira durante os períodos eleitorais em Mato Grosso do Sul. É quando praticamente pilham fundos eleitorais e caixas dois vendendo facilidades para as dificuldades que antecipadamente criaram.
Quando vencem, elegendo os escalados para concorrer às eleições, passam a lucrar com desvios em contratos públicos estrategicamente entregues a fornecedores que integram o time.
No caminho, usam e abusam de vazamento de informações que muitas vezes destroem trabalhos investigativos sérios em troca de exposição que só ataca reputações sem coibir os ilícitos.
Fogo amigo versus ‘Schwerpunkt’
Apesar de resumir e replicar o funcionamento de boa parte dos esquemas de corrupção endêmicos do Brasil, em Mato Grosso do Sul a facção partidária corre riscos. Segundo dizem, tática do fogo amigo pode esbarrar na tradição militar alemã.
É que tem gente apostando alto em revés surpresa atingindo o esquema diretamente no ponto nevrálgico. Atacar com máxima força o centro de sustentação do alvo, seja ele uma estrutura, operação, grupo ou facção, é o principal elemento da tática militar alemã conhecida como ‘Schwerpunkt‘.
Resta saber quem seria o ‘ponto focal’ no esquema de fogo amigo que opera impunemente nas últimas eleições em Mato Grosso do Sul.