Empreendedores das cadeias produtivas que usam gás natural em Mato Grosso do Sul estão apreensivos com posição regional que supostamente poderia deixar para os gaúchos negócio com potencial gigantesco.

Segundo os relatos, circula a informação de que MS ainda nem se mexeu para ao menos avaliar se compensa brigar pela chegada de gás argentino por terras pantaneiras.

Enquanto isso, o Rio Grande do Sul está empenhado em assegurar que a riqueza natural dos ‘hermanos’ entre no Brasil pela fronteira gaúcha.

Como recentemente o Governo Federal anunciou ajuda financeira para financiar projetos na Argentina, a obra que deixará o gás natural argentino a um passo da exportação para Chile, Bolívia e Brasil deve sair do papel.

Gás natural argentino garante arrecadação e energia para fertilizantes

No entanto, a venda do gás natural barato prometida pelos argentinos como contrapartida poderia representar nova fonte de arrecadação para Mato Grosso do Sul.

É que a estrutura de gasodutos boliviana, atualmente ociosa, poderia trazer o produto ao Brasil pelo estado onde já existe o gasoduto Bolívia-Brasil.

Como a arrecadação acontece no estado onde o gás natural entra no Brasil, e não onde é consumido, trazer por Mato Grosso do Sul asseguraria incremento na arrecadação estadual.

Além disso, com o ‘jaguané’ nos sul-mato-grossenses, os gaúchos estariam de olho também na promissora indústria de fertilizantes, atraída pela fonte barata de energia que o gás natural representa.

Ou seja, o Rio Grande do Sul poderia pular na frente de MS em duas frentes com uma tacada só.

Olho no lucro pode anular vantagem ambiental do gás natural?

Enquanto isso, empresários que atuam no setor produtivo de Mato Grosso do Sul já suspeitam dos motivos que supostamente estariam fazendo MS enterrar até mesmo o debate sobre o assunto.

Alegam que, como recentemente o setor decidiu que é melhor transportar o gás em caminhões do que estruturar a rede de distribuição com ramais regionais, já tem gente desconfiando.

“O que se sabe até o momento é que já tem gente correndo para montar frota de caminhões por aí. Pode ser que, somando a ignorância de uns com a ganância de outros, o avanço do gás natural em Mato Grosso do Sul sofra percalços”, alerta consultor que acompanha negociações capazes de trazer indústrias gigantescas para o estado.

Ele se refere à suposta movimentação empresarial que já se organizaria em torno da distribuição do produto priorizando o transporte rodoviário. A escolha estratégica, dizem, teria ignorado dados sensíveis como impacto financeiro e ambiental.

“Usar apenas o investimento inicial como argumento para abrir mão do modal dutoviário é leviano. Os custos operacionais envolvidos são extremamente favoráveis. Além disso, é mais seguro e o consumo de energia é muito menor”, pondera.

Segundo ele, o componente ambiental, que campanhas publicitárias desastrosas estariam tentando tornar um atrativo, também seria terrivelmente afetado.

“A pegada de carbono do transporte dutoviário nem se compara com encher as rodovias de Mato Grosso do Sul de carretas a combustão arrastando tanques de gás. Cai por terra este discursinho raso”, critica.

No entanto, sem debate, as suspeitas e dúvidas seguem ganhando força.

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