Crise se agrava e onda de suspeição pode se espalhar em MS com resistência à pacificação
Mais gente deve ter o nome arrastado para escândalo que expõe briga por posse da caneta
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Tentativas de obter apoio na base da pressão agravaram ainda mais crise interna e novas denúncias, meticulosamente articuladas, já estariam no forno para espalhar verdadeira onda de suspeição no entorno de quem apostou alto e vendeu fatura que não tem como entregar sem colocar terceiros para, literalmente, ‘amarrar o sino no pescoço do gato’.
Nos corredores, explicação para resistência à pacificação é de que pivô da crise estaria batendo o pé e ameaçando jogar para cima o abacaxi, já que não teria agido sozinho, nem por conta própria.
Enquanto isso, quem ouviu detalhes da estratégia garante que denúncias aparentemente despojadas devem semear suspeições antes de farta documentação devidamente organizada entrar em cena.
A intenção, dizem, é mostrar à cúpula já moribunda o gosto dos próprios artifícios.
Garantem que reuniram ao longo dos últimos meses, quando o arrocho se intensificou, registros de reuniões e visitas comprometedoras no interior de MS, ligações suspeitas com decisões temerárias que comprometeram a atividade-fim e até acessos supostamente incriminadores a sistemas de onde informação estratégica teria vazado.
Guerra sem inocentes e blindadores avisados
Fora da instituição paralisada pela crise, já estariam avisando que procedimentos sobre a treta devem ter aliados dos alvos escorraçados com alegações de suspeição vexatórias. Em gabinete que se especializou na blindagem, já teria chegado alerta de que estão lidando com profissionais do mesmo naipe e que, caso insistam em articular proteção, revelações poderiam comprometer até supostos acordos ligados a concurso.
Infelizmente, para o combate à corrupção em Mato Grosso do Sul, não há inocentes em nenhum dos lados. Assim, denúncias gravíssimas, que poderiam devastar estrutura montada para articular a presença do crime organizado em instituições regionais, ficam condicionadas à pacificação.
Quem tem compromisso com a carreira e entrou pela porta da frente torce para que a tensão se agrave e mais coisas sejam expostas. “Os caras já têm uma fila de pedidos de suspeição preparada. Cada pedido com alegações mais comprometedoras que o anterior”, comemoram os entusiastas do caos se espalhando instituições afora em MS.
Como alguns nichos concentram boa parte das operações e os esquemas são muito bem divididos, a aposta é de que poucos elementos conectem todos os grupos e deixem o ‘fio da meada’ à mostra.
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