Acusada de nepotismo e enriquecimento ilícito

Juiz David de Oliveira Gomes Filho negou pedido de afastamento da presidente da (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar), Maria Aparecida Salmaze, feito pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual), sob argumentação de que já há acordo para resolução do impasse entre Prefeitura e entidades. Sendo assim, mudança neste sentido poderia atrapalhar neste momento.

Embora reconheça haver indícios contra a dirigente, bem como contra outros nomes, o magistrado levou em consideração a condição imposta pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para livrá-la da prisão preventiva.

“Aliás, salvo engano, a dela foi concedida com a condição de que ela não exercesse suas funções na OMEP, o que tiraria a necessidade da medida aqui pleiteada”. Lembrou também que havia proibição de repasses às entidades, mas o TJ-MS proferiu decisão diferente.

“A bem da verdade, na outra ação, em dezembro de 2016,este juízo chegou a proibir integralmente os repasses de qualquer valor para as entidades em questão, justamente pela quebra da confiança, mas o Tribunal de Justiça entendeu diversamente nos respectivos recursos e mandou que os repasses continuassem”.

Caso – Maria Aparecida ficou presa por três dias em dezembro do ano passado, após a Operação Urutau ser deflagrada. Segundo informações dos autos, a dirigente empregava sua filha Andrea Correia e o genro Rodrigo Messa, este casado com outra herdeira da presidente, a Adriana Correia. Ele também acumulava cargo de Diretor Executivo do Instituto de Formação a Omep.

“Naquela oportunidade, foi destacado que diversos contratados através da Omep trabalhavam na sede da e no próprio Ifomep. Como a Seleta é uma entidade caritativa seu corpo gerencial deveria ser voluntário e, para a burla desta questão, contava-se com a intervenção da Omep para as contratações e pagamentos”, diz o promotor Marcos Alex Vera na investigação.

(Foto Divulgação)